28 de ago. de 2011

Novas regras à mesa




Com o avanço das pesquisas científicas, o conceito de alimentação saudável vira e mexe acaba mudando. Sabia que agora a soja passou de mocinha a vilã? E que o salmão não faz tão bem como se pensava? Fique por dentro das novidades e atualize o seu prato




Associado ao aumento do colesterol ruim, o ovo foi, por anos e anos, visto como um inimigo da boa saúde. Depois de muitas pesquisas, a ciência resolveu absolvê-lo, mostrando que o alimento é capaz de prevenir coágulos no sangue, derrames e até doenças cardíacas. Outro injustiçado foi o chocolate, hoje bem-vindo em qualquer dieta equilibrada — desde que seja do tipo amargo, rico em antioxidantes, que afastam o envelhecimento precoce. Esses exemplos provam que, de tempos em tempos, novos estudos provocam uma revolução no conceito de alimentação saudável e acabam nos obrigando a repensar a comida que levamos à mesa. Conversamos com especialistas para investigar o que significa comer bem atualmente. Revise o cardápio da sua família!

CARNE VERMELHA?
Só se o gado for alimentado com pasto. Já faz tempo que os médicos nos aconselham a reduzir o consumo da carne vermelha, alegando que ela prejudica o sistema cardiovascular. No entanto, é inegável que se trata de um alimento rico em proteínas, vitaminas e minerais. Além disso, é fonte de coenzima Q10, ótima para o coração; ácido fólico, que mantém a integridade celular; e gordura monoinsaturada (pasmem!), capaz de elevar o bom colesterol. "Mas só garantimos esses benefícios consumindo carne de gado que come pasto, pois ela fornece ômega 3, essencial à saúde", diz Wilson Rondó Jr., autor do livro "Sinal Verde para a Carne Vermelha" (ed. Gaia). "O boi criado preso come ração à base de ômega 6, que em excesso causa doenças.

Dica: Na hora da compra, procure se informar sobre a origem da carne, pois ainda não há um selo que ateste sua qualidade. E coma sempre ao ponto — torrada, ela libera substâncias cancerígenas.

A SOJA ERA MOCINHA
Agora é a vilã da vez. Uma lista feita recentemente pelo FDa, órgão americano que regula alimentos e remédios, indica que o grão pode causar problemas digestivos, hormonais e de tireoide. E mais: induzir o aparecimento de mais de 70 tipos de câncer! Como tem custo baixo, os derivados da soja são usados em grande escala pela indústria alimentícia. Óleos vegetais, margarina, atum enlatado, sucos e bolachas, entre outros produtos, contêm traços do grão. Moral da história: engolimos a soja mesmo sem querer...

Dica: Evite o consumo do grão. o tipo fermentado, como o missô, é mais seguro para a saúde.

VAI DE PEIXE?
Aposte nos menores. Hoje, sardinha e pescada são os tipos mais saudáveis, e não pesam tanto no bolso. Já o salmão, melhor tirá-lo do prato. Isso porque o tipo que consumimos no Brasil é criado preso e alimentado com ração, o que torna a carne fonte de ômega 6. "O original, rico em ômega 3, praticamente não existe mais na natureza", afirma Wilson Rondó Jr. A alimentação à base de ração, rica em grãos, aumenta a taxa de ômega 6 no organismo, comprometendo a saúde a longo prazo.

MANTEIGA
o culto ao corpo magro aboliu a manteiga do nosso cardápio. Só que o alimento, além de deixar a comida mais saborosa, ajuda na absorção de nutrientes, como o cálcio e as vitaminas a, D, E e K, que precisam dela para se tornarem solúveis. No entanto, aqui vale a mesma regra da carne: é preciso consumir manteiga obtida a partir do leite do gado alimentado com pasto.

Dica: Passe manteiga no pãozinho do café da manhã, sem exageros.

ÓLEO X BANHA
Substitua os óleos vegetais, como o de canola, milho, girassol e soja, fontes de gordura hidrogenada, pela banha de porco, de preferência orgânica. O alimento é fonte de gordura saturada, necessária ao bom funcionamento do nosso organismo, inclusive do cérebro. "Se não encontrar a banha, use óleo de coco no preparo dos pratos, um tipo saudável, que mantém as suas propriedades mesmo em altas temperaturas", diz a nutricionista Andréia Naves.

ORGÂNICOS
Livres de agrotóxicos e outras substâncias químicas, frutas, verduras e legumes produzidos de forma sustentável são benéficos à saúde, pois concentram uma quantidade mais significativa de nutrientes. "Você paga mais por eles, mas, em compensação, vai economizar na farmácia", resume Wilson Rondó Jr. A contaminação pela bactéria Escherichia coli, detectada recentemente em alguns vegetais na Alemanha, serve de alerta: é preciso higienizar com capricho qualquer tipo de alimento, independentemente do modo como é produzido. "Isso porque, com o uso constante de fertilizantes químicos na agricultura, os "bichinhos" acabam se tornando mais resistentes aos medicamentos", conta a nutróloga Luciana Carneiro (RJ).

Dica: Higienize os vegetais com peróxido de hidrogênio. Já o hidrosteril deve ser evitado, pois contém uma quantidade excessiva de cloro, outra substância maléfica ao organismo. 

Fontehttp://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/saude/novidades-alimentacao-saudavel-avanco-pesquisas-cientificas-636338.shtml

Vote Amazônia e Cataratas




 



20 de ago. de 2011

Descarte Consciente



Além do líquido



Crianças muito ativas precisam de ser hidratadas com leite.
Segundo uma nova pesquisa, esta é uma maneira mais eficaz de combater a desidratação do que a água ou as bebidas esportivas.
Isso é particularmente importante durante o calor do verão ou a época muito seca do inverno.
"As crianças ficam desidratadas quando se exercitam, e é importante que recebam bastante líquido. O leite é melhor do que qualquer bebida esportiva ou água, porque é uma fonte de proteína de alta qualidade, carboidratos, cálcio e eletrólitos," afirma Brian Timmons, da Universidade McMaster, no Canadá.
Retenção dos líquidos e proteínas
O pesquisador afirma que o leite substitui o sódio perdido no suor e ajuda o corpo a reter melhor os líquidos.
Além disso, o leite fornece proteínas que as crianças necessitam para o desenvolvimento muscular e o crescimento, que não são encontradas em outras bebidas.
O estudo incluiu crianças entre oito e 10 anos de idade.
Elas foram colocadas para se exercitar dentro de uma câmara climática.
Em seguida, recebiam uma bebida: água, isotônico ou leite.
Os médicos então as examinavam para detectar seus níveis de hidratação.
Queda no desempenho
Timmons afirma que as crianças mais ativas, e mesmo os adultos, normalmente não tomam líquidos em quantidade suficiente para se manterem hidratados durante as atividades físicas.
Isso deveria ser uma prática comum, sobretudo nos intervalos entre os tempos de um jogo. O resultado é que os atletas voltam para o jogo com uma "desvantagem de hidratação".
Ele afirma que 1% de desidratação causa uma redução de até 15% no desempenho, com aumento da frequência cardíaca e da temperatura corporal e uma menor capacidade de manter o ritmo.
Uma desidratação mais significativa eleva o risco de doenças relacionadas ao calor, tais como a insolação.
Fonte: 
http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=hidratacao-com-leite&id=6838&nl=sit

16 de ago. de 2011

Rumo ao Abismo?




“A origem não se encontra atrás de nós, ela está diante de nós.”
Heidegger

         Pode-se dar um nome ao que ainda não apareceu, ao que apresenta um caráter incerto, caótico? Os antagonismos da modernidade alcançaram um grau paroxístico. Tudo se passa como se houvesse uma agonia, no sentido original da palavra, ou seja, uma luta entre as forças de vida e as forças de morte. Alcançaremos um estado metamórfico da modernidade? “Metamorfose” significa, simultaneamente, manutenção da identidade e transformação fundamental. É a lagarta que se transforma em borboleta após a fase de crisálida. Processos metamórficos estão em curso. Isso não quer dizer que a metamorfose é previsível, programada. Não elimino a incerteza e as probabilidades de regressão e até mesmo a destruição. Contudo, observadas essas precauções, eu diria que esses processos são visíveis, em nível planetário, no advento da globalização, que será a última era de constituição de um sistema nervoso sobre todo o planeta, graças a economia mundializada e às novas tecnologias de comunicação. Isso não representa a infraestrutura de um novo mundo que está para nascer?  
           Não se pode, entretanto, prever com segurança uma metamorfose na história da humanidade. Suponhamos que um observador extraterrestre tivesse chegado há cinco bilhões de anos em nosso planeta em estado de caos. Ele certamente retornaria à constelação Alfa do Centauro dizendo que nada de interessante ocorreria um dia na Terra; e isso no exato momento em que as macromoléculas estavam se constituindo em seres vivos. Em seguida, a partir de grupos isolados e nômades no Oriente Médio, nas bacias do rio Indo, na China, no México, costituíram-se as sociedades históricas, as civilizações. A metamorfose é invisível por antecipação.
Rumo ao Abismo? Edgar Morin – Ed. BERTRAND BRASIL - 2011

7 de ago. de 2011

Revolução silenciosa

Ecos de uma revolução silenciosa






Estudos do Greenpeace e da ONU mostram mercado crescente para energias limpas, com países em desenvolvimento liderando a corrida por investimentos no setor.

Energia renovável não é coisa do futuro. É a realidade do presente. Para dar cara a esta mudança de rumo, recentes estudos vem mostrando o crescimento do mercado e dos investimentos de energia no mundo, revelando que as fontes limpas estão competitivas, especialmente em países em desenvolvimento.
O Greenpeace Internacional fez um balanço do mercado dos últimos 40 anos, apelidado de Revolução Silenciosa. Apesar dos combustíveis fósseis continuarem em aumento, tanto em novas instalações, como em participação na subida de emissões de gases estufa, eólica e solar foram as energias que, em ritmo, mais cresceram no mundo nos últimos 10 anos – em torno de 430 mil MW.

O avanço das energias limpas no mundo surpreendeu até os mais otimistas. Em 2007, o Greenpeace Internacional publicou na primeira edição do relatório Revolução Energética que a potência instalada para renováveis no mundo até 2010 seria de 156 GW, valor alcançado somente pelo setor eólico em 2009, comprovando que esta tal revolução já está em marcha firme.
Entre 2000 e 2010, revela o estudo, 26% de todas as centrais elétricas que surgiram no mundo foram de renováveis, especialmente eólica. Outros 42% foram térmicas à gás, 2% nuclear e o restante, térmica. Os 475 mil MW de incremento de energias fósseis no período, 78% dele na China, contabilizaram um total de 55 milhões de toneladas de CO2 emitidos no mesmo período.
A ONU acaba de também endossar esta perspectiva. Na edição de 2011 do estudo Tendências Globais dos Investimentos em Energia Renovável, recém lançado pela UNEP, os dados mostram que entre 2009 e 2011, os investimentos em energia limpa subiram 32%.
Chama a atenção o envolvimento de países em desenvolvimento nesta conta: superaram os investimentos em renováveis dos desenvolvidos no balanço de 2010, liderados pela mesma vilã das térmicas fósseis, a China. O vento, entre todas, é a tecnologia mais madura, com investimentos que somam mais de 94 bilhões de dólares. Solar vem logo atrás, com 86 bilhões, seguido de biomassa, com 11 bilhões.
No Brasil, os investimentos em renováveis caíram 5% este ano em relação a 2009, para um total de 6,9 bilhões de dólares, especialmente por conta da reestruturação do setor sucroalcooleiro, responsável pela produção de energia por co-geração à biomassa. O país, no entanto, é visto como um dos de maior potencial para crescimento de mercado para renováveis do mundo.
O relatório é uma produção do Programa Ambiental da ONU (PNUMA), a Frankfurt School of Finance and Management, na Alemanha, e o Bloomberg New Energy Finance.

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