19 de abr. de 2013

BETERRABA



Um copo de suco de beterraba por dia pode ajudar a reduzir a pressão arterial - hipertensão, ou pressão alta.
Os voluntários com pressão arterial elevada que beberam cerca de 240 mililitros (ml) de suco de beterraba apresentaram uma diminuição da pressão arterial de cerca de 10 mm Hg.
"Nossa esperança é que um aumento na ingestão de legumes com um teor elevado de nitrato na dieta, tais como vegetais de folhas verdes ou de beterraba, possa ser uma abordagem no estilo de vida que se pode facilmente utilizar para melhorar a saúde cardiovascular," disse Amrita Ahluwalia, da Escola de Medicina de Londres, uma das autoras do estudo publicado no jornal da Associação Norte-Americana do Coração.
O suco de beterraba contém cerca de 0,2 grama de nitrato, um nível que se pode encontrar em uma grande bacia de alface ou em duas beterrabas.
No corpo, o nitrato é convertido em um composto químico chamado nitrito e, em seguida, em óxido nítrico no sangue.
O óxido nítrico é um gás que alarga os vasos sanguíneos, auxiliando o fluxo do sangue.
"Ficamos surpresos com a pequena quantidade de nitrato necessária para resultar em um efeito tão grande", disse Ahluwalia.
"Este estudo mostra que, em comparação com indivíduos com pressão arterial saudável, muito menos nitrato é necessário para produzir reduções na pressão arterial capazes de gerar benefícios clínicos em pessoas que precisam reduzir a pressão arterial. Entretanto, ainda é incerto se este efeito é mantido a longo prazo," conclui a pesquisadora.
De acordo com o manual da Sociedade Brasileira de Hipertensão, uma dieta rica em potássio ajuda a controlar a pressão arterial.
Alimentos como feijão, ervilha, vegetais de cor verde-escuro, banana, melão, cenoura, beterraba, frutas secas, tomate, batata inglesa e laranja são indicados por serem ricos em potássio e pobres em sódio.

16 de abr. de 2013

TAIOBA


É uma raiz utilizada como digestivo, pois tem a propriedade de regularizar as funções intestinais.

É originária de regiões tropicais e se adapta bem à maior parte do clima encontrado no Brasil. É utilizada como digestivo, pois tem a propriedade de regularizar as funções intestinais.

Em sua composição, encontramos cálcio, fósforo, ferro, proteínas e uma grande quantidade de vitaminas: vitamina A, vitaminas B1, B2 e vitamina C. Tanto o talo quanto as folhas apresentam os mesmos elementos, apenas em proporções diferentes. Nas folhas, encontramos mais ferro e mais vitamina A. O valor energético para cada 100g de talo é de 24 calorias, enquanto que, nas folhas, temos 31 calorias para as mesmas 100g.

Cultivar a taioba não é muito difícil, pois as folhas se reproduzem rapidamente, podendo serem cortadas sempre que atingirem o tamanho desejado. As melhores épocas para o cultivo são o verão, outono e a primavera. A colheita é feita quando as plantas estão maduras, o que ocorre cerca de sessenta a oitenta dias após o plantio.

Existe uma crendice popular que fala sobre a existência de uma espécie venenosa de taioba, que não poderia ser ingerida pois causaria até a morte. Mas isso não tem qualquer base científica. A taioba é totalmente comestível, sem oferecer qualquer risco à saúde humana. Assim como o seu parente, o inhame, podemos aproveitar o tubérculo, as folhas e as hastes da taioba.


SOPA DE TERRA



Não, não é brincadeira de criança: no restaurante do chef Yoshihiro Narisawa em Tóquio, dependendo da estação do ano, é possível comer cinzas de alho poró, sopa de terra, pão de serragem, água de cedro com carvalho, sopa de água de nascente… e quem comeu no Les Créations de NARIZAWA jura que é tudo uma delícia!
Os ingredientes, digamos, pouco convencionais do estabelecimento são parte de uma filosofia que busca recuperar a nossa consciência de que coexistimos com a natureza. O chef só utiliza ingredientes orgânicos e comprados diretamente de produtores locais (ele tem mais de 200 fornecedores por todo o Japão). Como o país tem as quatro estações do ano bem definidas, o cardápio do restaurante muda completamente a cada dois meses devido à sazonalidade dos ingredientes.
Os pratos imitam a natureza: no verão, uma nascente de rio é representada por uma gelatina feita com água da própria nascente saborizada com raiz forte, acompanhada brotos de agrião que também nascem por ali. No inverno, está no cardápio a polêmica sopa feita com terra(sim, isso mesmo, terra) e raízes de bardana, os únicos vegetais que estavam enterrados no território de um dos fornecedores do restaurante. Para preparar a sopa, o chef corta a bardana (sem lavar), refoga em uma panela e acrescenta água – de nascente – e mais terra. Yoshihiro afirma que não precisa usar nenhum tipo de tempero: a terra por si só é tão rica em sais minerais que ela fica salgadinha.
Em sua vinda ao Brasil esta semana, Yoshihiro apresentou seus famosos pratos e os convidados puderam provar algumas de suas criações.
Eu comi cinzas de alho poró (salgadinho e “defumado”, queria mais!), biscoitinhos de serragem (um dos melhores biscoitos que já provei, juro) e um dashi de água de nascente e lascas de cedro e carvalho – meio refrescante e adstringente. Diante do argumento que seu dashi se parecia com uísque e saquê, só que sem álcool, o chef lembrou que o uísque também possui carvalho em sua composição (a bebida é envelhecida em barris de carvalho) e o saquê é armazenado em recipientes de cedro.
Tudo parece loucura? Pois Narisawa obteve ajuda do governo japonês para analisar os ingredientes que ele pretende usar e descobrir quais são adequados para o consumo humano. Os exames mostraram que a terra onde havia uma plantação que usava agrotóxicos, os microorganismos estavam mortos e os minerais, contaminados. Já a terra de plantações orgânicas é cheia de nutrientes – e algumas delas podem virar sopa em seu estabelecimento.
Aviso: não tentem isso em casa! A terra do seu quintal provavelmente não serve pra sopa. Mas eu ainda quero tentar fazer carvão com o alho poro que está na geladeira…
fonte: 

13 de abr. de 2013

Vassouras ecológicas




A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) não investe apenas em laboratórios científicos.
Um projeto bancado pela instituição está ajudando a diminuir a poluição causada pelas garrafas plásticas descartadas de forma inadequada no meio ambiente, além de gerar renda para mulheres moradoras de uma favela de Campos dos Goytacazes, município do norte fluminense.
O projeto foi idealizado pelo pesquisador Romeu e Silva Neto, do instituto ISECENSA (Instituto Superior de Ensino do Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora).
A iniciativa da Fábrica-Escola de Vassouras Ecológicas consiste em utilizar garrafas plásticas do tipo PET para a produção de vassouras.
Como fabricar vassouras de PET
Segundo Romeu, o processo de fabricação é extremamente simples.
Após a coleta das PETs descartadas na comunidade, no próprio instituto e em condomínios dos arredores, os rótulos são retirados.
Um equipamento prende e corta o fundo e o bico das garrafas. No passo seguinte, o plástico é desfiado em um outro suporte e os fios são enrolados.
"Como este material tem pouca rigidez, ao contrário da piaçava usada nas vassouras convencionais, precisamos aquecer esses rolos num forno a temperaturas de 180º para que adquiram consistência semelhante", explica.
Após esta etapa, o produto é submetido a um choque térmico para resfriamento. A seguir, as cerdas são separadas em tufos, que são presos com grampos na base de madeira da vassoura.
"Depois é só dar um corte nas cerdas para que fiquem todas do mesmo tamanho, fixar o cabo na base, colocar a etiqueta do produto e a vassoura está pronta para ser vendida", completa.
Tecnologia social
Silva Neto conta que a ideia surgiu da necessidade de aliar vivência prática para os alunos com a geração de renda para moradores de uma favela próxima ao Instituto, a Vila Tamarindo.
"Os alunos [do curso de Engenharia de Produção] elaboraram um plano de negócios para o novo produto. Assim, resolvemos comprar os equipamentos necessários para produzir as vassouras," recorda.
Atualmente, moradoras da favela - todas mulheres, chefes de família - têm trabalhado em períodos de quatro horas e produzido cerca de 300 vassouras por mês.
Com o sucesso do empreendimento, a ideia agora é instalar a fábrica de vassouras ecológicas na própria favela. Para isso, arquitetos ligados ao ISECENSA estão reformando uma casa na comunidade, que servirá para receber o equipamento.
"A obra e a transferência das máquinas deverão ser concluídas ainda no primeiro semestre deste ano. Com isso, as moradoras poderão se apoderar mais de sua própria produção e adequá-la às necessidades locais", conclui Romeu.

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