30 de dez. de 2013

ONU recomenda dieta vegana para combater mudança climática


Uma mudança global para uma dieta vegana é vital para salvar o mundo da fome, pobreza de combustíveis e os piores impactos da mudança climática, diz um novo relatório da ONU. A previsão é de que a população mundial chegue a 9.1 bilhões de pessoas em 2050 e o apetite por carne e laticínios é insustentável, diz o relatório do programa ambiental da ONU (UNEP).

A recomendação está seguindo o alerta do ano passado de que uma dieta vegetariana é melhor para o planeta, de Lord Nicholas Stern, ex-conselheiro do governo trabalhista em quesitos de mudança climática. A Dra. Rajendra Pachauri, membro do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU, também pediu que as pessoas considerassem uma dieta livre de carne para diminuir as emissões de carbono.

O documento diz: “As previsões são de que os impactos da agricultura aumentem substancialmente devido ao aumento populacional e maior consumo de produtos de origem animal. Diferente de combustíveis fósseis, aqui é difícil buscar alternativas: as pessoas têm que comer. Uma redução significativa no impacto só seria possível se a dieta global mudasse, livre de qualquer produto animal.”

O professor Edgar Hertwich, principal autor do relatório, disse: “Produtos de origem animal causam mais danos do que produzir materiais de construção, como areia e concreto, plásticos ou metais. A biomassa e produções para alimentar os animais são mais danosas do que queimar combustíveis fósseis.”

Os peritos classificaram produtos, recursos, atividades econômicas e transporte de acordo com seus impactos ambientais. A agricultura estava no mesmo patamar que os combustíveis fósseis pois ambos crescem subitamente a partir do desenvolvimento econômico, eles disseram.

Ernst Von Weizsaecker, um cientista ambiental que contribui com o estudo, disse: “A fartura de alimentos em países desenvolvidos está disparando uma dieta voltada para carnes, ovos e laticínios- porém os animais usados nas três indústrias consomem a maior parte da produção agrícola do mundo e gasta-se para mantê-los uma enorme quantidade de água, fertilizantes e pesticidas.”

A energia e a agricultura precisam ser separadas de nosso crescimento econômico porque os impactos ambientais estão aumentando em 80% devido a uma busca maior por produtos de ambas, segundo o relatório.

Achim Steiner, secretário geral da ONU e diretor executivo da UNEP, disse: “Separar crescimento de danos ambientais é o desafio número um de todos os governos de um mundo em que o número de pessoas cresce exponencialmente, aumentando a demanda consumista e persistindo o desafio de aliviar a miséria e a pobreza.”

O conselho da ONU, que fez uso de diversos estudos incluindo o Millennium Ecosystem Assessment (avaliação do ecosistema no milênio), cita os seguintes tópicos de pressão ambiental como prioridade para os governos do mundo: mudança climática, mudança de habitats, acréscimo de nitrogênio e fósforo a fertilizantes, exploração excessiva dos oceanos e rios por meio da pesca, exploração de florestas e outros recursos, espécies invasoras, poucas fontes de água potável e falta de saneamento básico, exposição ao chumbo, poluição do ar urbano e contaminação por outros metais pesados.

A pecuária, incluindo aqui produção de todos os derivados animais, é responsável pelo consumo de 70% de água fresca do planeta, 38% de uso da terra e 19% da emissão de gases estufa, diz o relatório, que foi liberado para coincidir com o dia Mundial do Meio Ambiente no sábado.

Ano passado, a Organização de Alimentos e Agricultura da ONU (FAO) disse que a produção de alimentos teria de aumentar em 70% para suprir as demandas em 2050. O conselho disse que evoluções na agricultura serão ultrapassadas pelo crescimento populacional.

O professor Hertwich, que é também diretor de um programa de ecologia industrial na Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, disse que países em desenvolvimento, onde o crescimento populacional é bem maior, não devem seguir os padrões de consumo ocidentais: “Países em desenvolvimento não podem seguir nossos modelos. Mas está em nossas mãos a necessidade de desenvolver tecnologias em, digamos, energia renovável e métodos de irrigação.”

FONTE: ANDA

20 de dez. de 2013

SABONETE ANTIBACTERIANO NÃO DEVE SER USADO


Aparentemente o sabonete antibacteriano é melhor para saúde que o sabonete comum, pois elimina os germes e bactérias. Pelo menos é o que a gente ouve falar, mas esse tipo de sabonete está na berlinda, pois não é o que alguns especialistas afirmam. 
Eles podem causar danos à saúde, sim, e ainda danos ao meio ambiente.
Uma pesquisa gerou dúvida sobre a eficácia desses sabonetes e ainda verificou que a substância chamada triclosan, ingrediente comum aos produtos antibacterianos, é um produto químico que pode oferecer risco ao corpo humano, podendo prejudicar os músculos do corpo e até do coração.
A agência FDA, responsável pela regulamentação de alimentos e drogas nos Estados Unidos, está querendo vetar a venda de produtos que contenham essa substância.
Surge outra dúvida: será que produtos antibacterianos realmente nos protegem de doenças? É claro que o hábito de lavar as mãos continua sendo essencial para manter a boa saúde e higiene, mas realmente produtos comuns como sabonetes neutros e géis antissépticos à base de álcool não são tão eficazes quanto os produtos à base de triclosan. Em vez de matar as bactérias, o sabonete comum simplesmente as remove das mãos, o que permite que sejam levadas pelo ralo.
No entanto, o triclosan atinge apenas algumas bactérias específicas e não uma arma tão poderosa para evitar vários tipos de doenças como se vê em muitas propagandas. A substância, por exemplo, não é eficaz contra o vírus, o maior causador de grande parte das doenças em uma residência.
Um estudo divulgado em 2007 na revista Clinical Infectious Disease comparou produtos contendo triclosan ao sabonete comum, e descobriu que as pessoas não eram menos vulneráveis a diarreias, tosses, febres e infecções de pele se usassem sabonetes com a substância química.
O triclosan foi classificado como pesticida pela primeira vez em 1969, segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos. Desde então, o produto químico passou a integrar cremes dentais, sabonetes para as mãos, sabonetes líquidos, tábuas para cortar alimentos, brinquedos, tapetes, colchões, roupas, móveis e uma grande variedade de produtos, com o objetivo de combater bactérias, fungos e mofo.
FONTE: VILA MULHER

13 de dez. de 2013

O VENENO DA CARAMBOLA


Cientistas brasileiros conseguiram isolar e caracterizar uma neurotoxina presente na carambola, que atua no sistema nervoso quando não filtrada pelo rim.
A neurotoxina recebeu o nome de caramboxina.
O trabalho, que mereceu a capa da revista científica Angewandte Chemie International, foi publicado por pesquisadores da Faculdade de Medicina e da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, ambas da USP.
"Se uma pessoa sadia ingere a carambola, a toxina é absorvida pela digestão, filtrada pelo rim e eliminada na urina. Mas em pacientes com problemas renais, como o funcionamento do rim está comprometido, a toxina, que é um aminoácido modificado, cai na corrente sanguínea," explica o professor Norberto Peporine Lopes.
Se chegar à corrente sanguínea, a caramboxina liga-se a receptores do sistema nervoso central "e inicia uma sequência de eventos que incluem soluços, confusão mental, agitação psicomotora, convulsões e até a morte", explica Norberto.
Segundo o pesquisador, mesmo pessoas sem histórico de problemas renais devem consumir a fruta moderadamente, já que a carambola possui também ácido oxálico, que pode causar cálculos renais.
A eventual intoxicação com a carambola é tratada com bastante sucesso com hemodiálise se o diagnóstico for precoce.
Quanto à neurotoxina caramboxina, sua concentração na fruta é bastante baixa. Para conseguir 0,3 miligrama da substância foram necessários 20 quilos de carambolas, colhidas de árvores que não passaram por tratamentos com pesticidas.
Os pesquisadores também confirmaram que a neurotoxina sofre degradação quando misturada e conservada por um longo período em água.

ANIMAL IMORTAL

Envelhecer e morrer não é uma lei da natureza

Obsolescência biológica

Na juventude somos fortes e saudáveis e, em seguida, enfraquecemos e morremos - é assim que a ciência e a medicina têm descrito o que é o envelhecimento.
Surpreendentemente, na natureza, excetuando o ser humano, o fenômeno do envelhecimento mostra uma diversidade inesperada de padrões e não necessariamente segue essa linha de "obsolescência biológica".
Esta é a conclusão de um estudo histórico realizado por pesquisadores da Universidade do Sul da Dinamarca e publicado nesta semana na revista científica Nature.

Desconexão entre envelhecer e morrer
O mais surpreendente é que nem todas as espécies enfraquecem e se tornam mais propensas a morrer à medida que envelhecem.
Ao contrário, algumas espécies ficam mais fortes e menos propensas a morrer com a idade, enquanto outras não são de forma nenhuma afetadas pela idade.
Ou seja, a diminuição da vitalidade com a idade não é uma lei da natureza.
Os pesquisadores dinamarqueses estudaram o envelhecimento em 46 espécies muito diferentes, incluindo mamíferos, plantas, fungos e algas.
Algumas se tornam mais fracas com a idade, o que se aplica a humanos, outros mamíferos e aves. Outras se tornam mais fortes com a idade, o que se aplica a tartarugas e algumas árvores. E, finalmente, algumas espécies não se tornam nem mais fracas e nem mais fortes com a idade, o que se aplica à hidra, por exemplo.
Assim, aumento de idade e morte também não têm uma relação necessária válida para todos os seres vivos.

Animal imortal
Como esperado segundo a teoria dominante, para várias espécies a taxa de mortalidade aumenta com a idade. Este padrão é visto na maioria das espécies de mamíferos, incluindo os seres humanos e as orcas, mas também em invertebrados como as pulgas da água.
No entanto, outras espécies apresentam uma diminuição da mortalidade com a idade e, em alguns casos, a taxa de mortalidade é decrescente com a idade. Isso se aplica a espécies como a tartaruga do deserto (Gopherus agassizii), que experimenta a maior taxa de mortalidade no início da vida e uma mortalidade em constante declínio à medida que envelhece. Muitas espécies de plantas, por exemplo a árvore do mangue branco (Avicennia marina), seguem o mesmo padrão.
Por incrível que pareça, há também espécies que têm uma mortalidade constante e não são afetadas pelo processo de envelhecimento.
E isto é ainda mais marcante no pólipo de água doce (Hydra magnipapillata) que tem uma taxa de mortalidade baixa e constante. Na verdade, em condições de laboratório, seu risco de morrer a qualquer momento em sua vida é tão baixo que esse animal é efetivamente imortal.
"A extrapolação a partir de dados de laboratório mostram que, mesmo depois de 1.400 anos, 5% de uma população de hidra mantida nestas condições ainda estaria viva," diz Owen Jones.

O que é envelhecimento?
A mesma falta de padrão foi observada com a fertilidade, que varia de um extremo a outro, desde a fertilidade só existindo no início da vida, em toda a vida ou em trechos dela.
Em suma, não há uma correlação entre os padrões de envelhecimento e a expectativa de vida que seja típica para todas as espécies de seres vivos.
"Não faz sentido considerar que o envelhecimento deve ser baseado em quantos anos uma espécie atingir. Em vez disso, é mais interessante definir o envelhecimento na forma de trajetórias de mortalidade: se as taxas aumentam, diminuem ou permanecem constantes com a idade," propõe Owen Jones.

FONTE: DIÁRIO DA SAÚDE

11 de dez. de 2013

e-Aulas da USP... De graça !!!



O fenômeno do aprendizado on-line é, de fato, irreversível. No Brasil ainda não há o mesmo número de iniciativas que em outros países de primeiro mundo. É bem verdade que nosso país ainda tem muitos desafios a enfrentar, mas porque não utilizar o ensino on-line como uma das ferramentas para levar conhecimento a quem não tem tempo ou dinheiro?
A Universidade de São Paulo – USP, inspirada em casos de sucesso de renomadas universidades como Harvard, Yale, Clumbia, MIT e Princeton, lançou recentemente um portal com diversos cursos on-line, chamado de e-aulas USP, que estão acessíveis a toda a sociedade (e não somente aos seus alunos), como reconhecimento de que uma das funções das universidades é disseminar o conhecimento pela sociedade.
A motivação para o desenvolvimento e implementação do e-Aulas USP foi devido ao grande benefício observado com o consumo de objetos de aprendizagem em formato de vídeo disponíveis na Web.
Há cursos disponíveis nas áreas de Exatas, Humanas e Biológicas. Ainda não há cursos para todas as áreas descritas no menu e, provavelmente, com o desenvolvimento do projeto, o menu será bem mais completo. Basta clicar na aula escolhida e assistir uma aula apresentada por professores de uma das melhores universidades da América Latina, de graça!

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