27 de jul. de 2011

Voltem ao açucar


     Meus amigos, não sei dos estudos feitos e até que ponto é verdade, mas , para quem consome esse produto, acho que vale a pena ler e investigar.

Jorge Jacinto – Terapeuta Naturista

Fiquem atentos!

Voltem para o velho e bom açúcar, ENERGÉTICO que no Brasil, há mais de 500 anos, alimenta a nossa população - e nossos antepassados não apresentavam esses sintomas das doenças “modernas”.

Passei alguns dias falando na CONFERÊNCIA MUNDIAL DE MEIO AMBIENTE a respeito do ASPARTAME, no mercado conhecido como Nutrasweet, Equal, Zerocal, Finn e Spoonful.

Anunciaram que existia uma epidemia de Esclerose Múltipla e Lupus Sistêmico e não entendiam qual toxina estava fazendo com que essas doenças assolassem os Estados Unidos tão rapidamente. Eu expliquei que estava lá para falar exatamente sobre este assunto :

ALZHEIMER, MAL DO ADOÇANTE: um importante artigo escrito pela Dra. Mancy Marckle. Vejamos :

Quando a temperatura excede 30 graus C, o álcool contido no ASPARTAME se converte em formaldeído e daí, para ácido fórmico (o ácido fórmico - veneno das formigas), que provoca acidose metabólica.

A toxicidade do metanol imita a esclerose múltipla e as pessoas recebem diagnóstico errado de esclerose múltipla.A Esclerose múltipla não se constitui em sentença de morte, mas a toxicidade do metanol, sim.

No caso do Lupus sistêmico, estamos percebendo que é quase tão grave quanto a esclerose múltipla, especialmente em usuários de Diet Coke e Diet Pepsi. Nos casos de Lupus sistêmico causado pelo ASPARTAME, a vítima geralmente não sabe que o Aspartame é a causa de sua doença e continua com seu uso, agravando o lupus a um grau tão intenso, que algumas vezes ameaça a vida. Quando interrompem o uso do Aspartame, as pessoas que tinham lupus ficam assintomáticas.

Em uma conferência, eu disse: ‘Se você está usando ASPARTAME (Nutrasweet, Equal, e Spoonful etc.) e sofre de sintomas como fibromialgia, espasmos, dores, formigamento nas pernas, câimbras, vertigem, tontura, dor de cabeça, zumbido no ouvido, dores articulares, depressão, ataques de ansiedade, fala atrapalhada, visão borrada ou perda de memória , você provavelmente tem a ‘DOENÇA DO ASPARTAME’! As pessoas começaram a pular durante a palestra, dizendo: ‘Eu tenho isto - e é reversível? Impressionante!.

Há um tempo atrás, houve Audiências no Congresso dos EUA ( incluíram o aspartame em 100 produtos diferentes) . Nada foi feito. Os lobbies da droga e da indústria química têm bolsos muito profundos. Agora já existem mais de 5000 produtos contaminados com esse produto químico e a patente expirou. Na época da primeira audiência, algumas pessoas estavam ficando cegas. No aspartame, o metanol se converte em formaldeído na retina ( um formaldeído do mesmo grupo das drogas como cianeto e arsênico – venenos mortais!). Infelizmente, leva muito tempo para matar, mas está matando as pessoas e causando todos os tipos de problemas neurológicos.

O Aspartame muda a química do cérebro e é a causa de diversos tipos de ataques. Essa droga muda os níveis de dopamina no cérebro. Imagine o que acontece com os pacientes que sofrem de Doença de Parkinson?!

Ela também causa malformações fetais.

Não existe nenhuma razão para se utilizar este produto – QUE NÃO É UM PRODUTO DIETÉTICO!

Os anais do Congresso dizem: O ASPARTAME faz você desejar carboidratos e faz engordar. O Dr. Roberts fez uma experiência e viu que, quando ele interrompeu o uso do Aspartame, a perda de peso foi de 9,5 kg por pessoa. O formaldeído se armazena nas células adiposas, principalmente nos quadris e coxas.

O Aspartame é especialmente mortal para os diabéticos (daí, as cegueiras sem diagnóstico…).O Dr. H.J. Roberts, especialista em diabetes e perito mundial em envenenamento pelo Aspartame, escreveu um livro intitulado:

DEFESA CONTRA A DOENÇA DE ALZHEIMER.
 www.sunsentpress.com/defenseAgainstAlzheimers.html

VEJA O SITE.

O Dr. Roberts conta como o envenenamento pelo Aspartame está relacionado com a doença de Alzheimer. E realmente : mulheres de 30 anos estão sendo tratadas por causa do Alzheimer.

O Dr. Russell Blaylock e o Dr. Roberts estão escrevendo um Relatório com alguns casos e vão colocá-lo na Internet.

Eu asseguro que A MONSANTO, A CRIADORA DO ASPARTAME – SABE COMO ELE é MORTAL. ELES FINANCIAM A ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE DIABETES, A ASSOCIÇÃO AMERICANA DE DIETÉTICA, O CONGRESSO E A CONFERÊNCIA DO COLÉGIO AMERICANO DE MEDICINA.

O New York Times, em 15 de Novembro de 1996, publicou um artigo a respeito de como a Associação Americana de Dietética recebe dinheiro da indústria alimentícia para endossar seus produtos.

Orientamos uma mãe, cujo filho estava usando Nutrasweet ,para interromper o uso do produto - a criança estava tendo convulsões diárias. e ela SALVOU seu filho.



24 de jul. de 2011

Eco relógios

Relógios são acessórios que compõe nosso look diariamente, sendo bonitos e úteis. Mas basta um esbarrão acidental para que eles estraguem e tenham um triste fim na lixeira. Por isso, a marca Sprout desenvolveu uma linha de relógios que podem ser jogados fora sem remorsos.
Além de bonitos e coloridos, os acessórios são de 80% a 93% biodegradáveis. Eles são feitos com materiais como bambu, algodão orgânico, lentes de cristal mineral e as baterias são livres de mercúrio.
E a melhor parte: os relógios biodegradáveis são vendidos por um preço razoável. O modelo mais simples é vendido por cerca de 45 reais. O top de linha é um pouco mais caro, mas nada exorbitante, e fica na faixa dos 120 reais. Uma boa opção para saber as horas de maneira verde. [Gizmodo]

23 de jul. de 2011

Reinventar a privada



Bill Gates quer reinventar o vaso sanitário


Banheiro sem água e sem esgoto

A Fundação Bill & Melinda Gates anunciou que irá custear uma pesquisa para "reinventar a privada".
O objetivo do projeto é desenvolver novas tecnologias para o processamento de dejetos humanos sem qualquer ligação a linhas de água, energia ou esgoto.
Para Gates, a privada ideal para os países em desenvolvimento deve ser auto-sustentável, de custo acessível e sem ligações a linhas de energia, água ou esgoto, que quase nunca estão disponíveis nas condições em que o novo sanitário deverá ser utilizado.

Plasma de micro-ondas

A tarefa de reinventar o vaso sanitário caberá a um grupo de cientistas e engenheiros da Universidade de Tecnologia de Delft, na Holanda, sob a coordenação do professor Georgios Stefanidis.
"Vamos aplicar a tecnologia de micro-ondas para transformar os dejetos humanos em eletricidade. A partir desta inovação, pretendemos idealizar o design e construir um protótipo modular para um banheiro completo que satisfaça as urgentes necessidades do mundo em desenvolvimento," afirmou Stefanidis.
Inicialmente os dejetos humanos serão secos. Em seguida, os resíduos sólidos serão gaseificados utilizando plasma, criado por micro-ondas em um reator apropriado.
Este processo vai gerar o chamado gás de síntese, uma mistura de monóxido de carbono (CO) e hidrogênio (H2). O gás de síntese será então usado para alimentar um conjunto de células de combustível de óxidos sólidos (SOFC: solid oxide fuel cell) para a geração de eletricidade.
"Para que o processo seja energeticamente auto-suficiente, parte da eletricidade produzida será usada para ativar a gaseificação a plasma, enquanto o calor recuperado do fluxo de gás de síntese e dos gases de escape das células de combustível será usado para a secagem dos resíduos," explica o pesquisador.

Privada barata

Aproximadamente 2,6 bilhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso ao saneamento básico. O impacto negativo dessa situação sobre a saúde dessas populações é enorme.
Para mudar esta situação, Bill Gates e sua esposa acreditam que a solução é reinventar o vaso sanitário.
E, como o projeto é voltado para atender às necessidades dos países em desenvolvimento, uma das exigências é que o banheiro sem água e sem esgoto possa ser construído a custos acessíveis.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=bill-gates-reinventar-vaso-sanitario&id=010125110720&ebol=sim

13 de jul. de 2011

PANELAS

Qual panela é melhor para a nossa saúde609x250 Qual panela é melhor para a nossa saúde?
Levante a primeira tampa quem nunca se irritou na hora de lavar aquela leiteira em que o leite fervido “grudou” ou de tirar o queimadinho da carne do fundo da assadeira. Mas, se sua preocupação limita-se aos resíduos de comida que atrapalham a limpeza da louça, é melhor rever seus conceitos sobre esses utensílios.
Afinal, os resíduos que mais deveriam chamar sua atenção são aqueles que desprendem do material usado na fabricação das panelas e podem ser transferidos aos alimentos durante o preparo – indo, literalmente, direto da panela para o prato.
Alguns são benéficos ao organismo, como ferro, cálcio e manganês. Mas, outros são metais tóxicos, como chumbo e níquel. Cozinhar em uma boa panela, portanto, é o primeiro passo para uma refeição alinhada com sua saúde, dizem os especialistas.
O complicado fica por conta do segundo passo: definir de que material ela deve ser feita para ser saudável: cobre, alumínio, aço inoxidável, vidro, barro, pedra-sabão, esmaltada ou com película antiaderente?
Quando for escolher, a dica geral é verificar para quem se vai cozinhar e qual alimento será colocado dentro da panela para se aproveitar o melhor que cada tipo oferece.
“É importante ter disponíveis panelas de materiais variados, porque isso amplia as possibilidades gastronômicas e nutricionais”, diz a nutricionista Késia Diego Quintaes, doutora em Alimentos e Nutrição pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), diretora do Serviço de Nutrição e Dietética do Hospital Heliópolis, em São Paulo, e autora do livro Por Dentro das Panelas, da Editora Varela, lançado em 2005.
panela esmaltada Qual panela é melhor para a nossa saúde?
ESMALTADA
 
Também conhecidas como panelas de ágata, elas são feitas de ferro ou alumínio e revestidas de esmalte.
VANTAGENS: sua camada esmaltada age como barreira contra a proliferação de bactérias que podem contaminar os alimentos.
DESVANTAGENS: é desaconselhável o uso de utensílios fabricados antes de 1980: o esmalte usado na época pode conter elementos tóxicos como o chumbo, e os decalques na superfície interna, o cádmio, outro metal pesado. Seu uso já foi ligado à hipertensão, aterosclerose, disfunção pulmonar e infertilidade masculina.
DICA: para evitar o amarelamento do esmalte, pode-se passar álcool na superfície.
panela de pedra sabao Qual panela é melhor para a nossa saúde?
PEDRA SABÃO

Antiaderente natural, retém calor por muito tempo.
VANTAGENS: transfere aos alimentos, durante o uso, ferro, cálcio e manganês, metais benéficos ao organismo.
DESVANTAGENS: é pesada e não muito fácil de encontrar. É preciso ser curada antes do primeiro uso. Caso contrário, pode transferir quantidades indesejáveis de níquel aos alimentos. A cura é feita com óleo, azeite ou gordura e serve para impermeabilizar o material. Para fazê-la, unte a panela por dentro e por fora com óleo, azeite ou gordura. Em seguida, coloque água e deixe no forno médio (180ºC) por duas horas ou leve ao fogo e ferva por 40 minutos. Feito isso, espere a água e a panela esfriarem e repita a operação.
DICA: tenha cuidado redobrado na hora de limpar, pois podem se formar saliências na parte interna do recipiente durante o processo de cocção. Evite fazer frituras ou guardar alimentos dentro delas: durante esses processos pode haver migração de níquel para a refeição.

panela de vidro Qual panela é melhor para a nossa saúde?VIDRO
Essas panelas não transferem resíduo algum para a comida. Além de serem fáceis de limpar.
VANTAGENS: uma característica importante do vidro é a de evitar a aderência do alimento no fundo da panela, naturalmente. Alimentos com alto teor de água, bem como as frituras, são preferíveis para cocção neste tipo de material. Como não interfere na composição do que vai para a panela, pois não emite substância alguma, é possível reaproveitar o óleo da fritura por três ou quatro vezes.
DESVANTAGENS: são frágeis, podendo ser facilmente quebradas. Por esquentar rapidamente, pode acabar queimando o alimento.
DICA: para evitar que se formem manchas, não leve a panela de vidro vazia ao fogo.
panela de cobre Qual panela é melhor para a nossa saúde?
COBRE

O material tem o poder de acelerar o cozimento.
VANTAGENS: além de ser resistente à corrosão, a panela de cobre transmite o calor de forma rápida e homogênea.
DESVANTAGENS: o metal migra facilmente para qualquer alimento que entre em contato com ele. E consumido em pequenas quantidades, pode produzir náuseas, vômitos e diarréia. Já uma ingestão contínua pode provocar dores nas juntas, causar lesões renais e até cerebrais.
DICA: compre utensílios de cobre com o interior revestido com antiaderente (politetrafluoretileno), aço inoxidável ou titânio – que barram a transferência do cobre para os alimentos.
panela de ferro Qual panela é melhor para a nossa saúde? 
FERRO
Durante o cozimento, o metal é repassado para a comida.
VANTAGENS: seu uso regular foi relacionado com a prevenção e o tratamento da anemia muito antes de a ciência comprovar sua eficácia. Por outro lado, esse tipo de panelas também pode alterar algumas características dos alimentos, como a cor (tornando-os mais escuros) e o sabor (que pode melhorar ou piorar). A sugestão, portanto, é escolher o alimento cujas propriedades sensoriais sejam aprimoradas com a panela de ferro, como é o caso do arroz.
DESVANTAGENS: evite armazenar comida nela, sob pena de aumentar muito a concentração de ferro, levando a distúrbios gastrointestinais, como a diarréia.
DICA: panelas de ferro são pesadas e se mantêm quentes por muito tempo. Por isso, prefira as que têm cabo de madeira, mais fáceis de manusear, além de evitarem queimaduras nas mãos de quem está cozinhando. Para não enferrujar, seque-as na chama do fogão. Lave-as imediatamente após o uso.
panela anti aderente Qual panela é melhor para a nossa saúde?
ANTIADERENTE

Permite a redução da quantidade de óleo usada no preparo das refeições.
VANTAGENS: seu revestimento interno de politetrafluoretileno (PTFE) impede a transferência do material de base da panela, geralmente alumínio, para a comida.
DESVANTAGENS: mesmo sendo utilizado há décadas nas frigideiras e em outros utensílios de cozinha a fim de se evitar que os alimentos grudem, vale lembrar que esse material antiaderente já esteve sob suspeita – ainda não confirmada – de permitir a formação de compostos cancerígenos, especialmente durante o preparo de alimentos com alto teor protéico, como carnes, ovos e leite.
DICA: o revestimento PTFE é um plástico que pode se desprender com relativa facilidade, então o ideal é usar colheres de pau nessas panelas revestidas, evitando arranhá-las com talheres e esponjas de aço na hora da limpeza.
panela de inox Qual panela é melhor para a nossa saúde?
INOX

O aço inoxidável é composto por ferro, cromo e níquel.
VANTAGENS: seu material é durável e demora a esfriar, mas também a esquentar. Geralmente tem fundo triplo, termodifusor, permitindo que o calor da chama se espalhe uniformemente. Assim, o alimento cozinha por igual e não gruda no fundo da panela.
DESVANTAGENS: o níquel é tóxico ao organismo e freqüentemente associado a males como dermatites de contato, alergias, distúrbios renais e hepáticos, infertilidade, câncer pulmonar, estomatite, gengivite, cefaléias, insônia e náuseas. Esses utensílios devem ser evitados por pessoas alérgicas ou que tenham sensibilidade ao níquel.
DICA: no primeiro uso, ferva água, que será descartada, por três ou quatro vezes consecutivas, na panela nova, para ajudar a eliminar o níquel que ela libera nessa fase. Para evitar o aparecimento de manchas, é aconselhável enxugá-la imediatamente depois de lavada.

 
UTENSÍLIOS PARA GRANDES OCASIÕES

BARRO: esse material poroso favore a penetração de alimentos, facilitando a cultura de bactérias. Antes de usar pela primeira vez, a panela de barro deve ser curada com óleo para impermeabilizá-la. Há quem a deixe de molho em água fervente, em banho-maria, por 20 minutos. Técnica útil também para eliminar odores.
DICA: para evitar rachaduras, recomenda-se esperar a panela esfriar antes de lavá-la, o que deve ser feito sempre com esponja macia e detergente neutro.
CERÂMICA: as panelas de cerâmica com superfície marrom vitrificada devem ter selo de qualidade, garantindo a inexistência de compostos à base de chumbo. Seu excesso no organismo afeta o sistema nervoso central e pode levar a distúrbios de aprendizado e comportamento, cefaléias, vertigens e anemias.
DICA: as opções foscas e industrializadas são as mais seguras, por serem mais modernas. Cerâmicas artesanais ou decorativas, com mais de 20 anos, devem ser evitadas, uma vez que foram feitas em uma época em que não se conhecia o perigo da migração do chumbo das panelas para os alimentos.
CUIDADO

PANELAS DE ALUMÍNIO. Apesar da suspeita da relação do metal com o mal de Alzheimer, ninguém demonstrou ainda se sua presença no organismo dos pacientes seria uma causa ou conseqüência da doença. Mas sabe-se que a substância migra da panela para os alimentos, podendo desencadear diferentes processos metabólicos associados a doenças dos ossos, do sangue e neurológicas.
Para limpar a parte interna use uma esponja macia, em vez da de aço. “Quando o material é polido ou agredido com ácidos como o vinagre, a camada de óxido de alumínio, que dificulta a passagem do metal para a comida, é removida”, explica a nutricionista Késia Diego Quintaes, da Unicamp.
Fonte: Revista Viva Saúde/Edição 27
Foto: Símbolo Press

12 de jul. de 2011

Química verde

Mudança de petróleo para biomassa impulsiona a química verde
Por Carolina Octaviano
10/07/2011
O termo “química verde” existe desde 1991 e foi cunhado por Paul Anastas, um químico da Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, para designar a terceira onda da química, a qual a humanidade e indústria começariam a vivenciar. As outras duas primeiras ondas ocorreram nos séculos 19 e 20, respectivamente, quando a indústria se movia, primeiro pelo carvão, e depois pelo petróleo. Sem dúvida, um dos principais pontos positivos da química verde – que surgiu para amenizar os impactos ambientais que a própria química causava, além de melhorar a imagem de poluidora que essa ciência apresentava na sociedade – está na busca pela substituição do petróleo e derivados nos mais distintos processos químicos, e também na intensificação do uso de combustíveis renováveis, extraídos da biomassa, que são menos prejudiciais ao meio ambiente.
O principal representante de combustível renovável, no Brasil, é o etanol obtido a partir da cana-de-açúcar, que garante um lugar de destaque do país na área de química verde. Mas há outro uso relevante das matérias-primas renováveis, na produção de polímeros, principalmente o plástico. A Braskem, empresa que tem a Petróleo Brasileiro S/A (Petrobras) como detentora de 49% das ações, começou a comercializar o primeiro “plástico verde”, em 2009, a partir de uma tecnologia que a Petrobras dispõe desde o final da década de 1970, e que passou a ser utilizada mais por questões econômicas do que ambientais. Isto porque o barril de petróleo estava custando cerca de 90 dólares, quando esse novo processo começou a ser implementado. A inovação desse produto está em conseguir eteno a partir do etanol da cana. Em termos químicos, o polietileno verde e o feito com nafta são idênticos. Entretanto, seus impactos são distintos. Enquanto o segundo emite gases poluidores e causadores do efeito estufa, o primeiro retira o gás carbônico da atmosfera. Quando se usa combustíveis fósseis, um insumo é retirado para a superfície da terra, utilizado e descartado na atmosfera. No caso da queima do etanol, parte do gás carbônico é reabsorvido no crescimento da cana. Ao utilizar o petróleo, cria-se um desequilíbrio ambiental, pois só há inserção de CO2 e não há processos equivalentes para retirá-lo da atmosfera.
Jairton Dupont, professor do Departamento de Química Orgânica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), um dos 100 químicos mais influentes do mundo na última década, de acordo com a agência internacional Thomson Reuters, e vendedor do Prêmio Conrado Wessel 2010 na categoria Ciência, acredita que o Brasil não leva vantagem em termos de química verde, pois falta pessoal qualificado para trabalhar com ela, não somente em pesquisas, mas nas mais diversas áreas, que vão desde a agricultura até a engenharia e a química propriamente dita. “O Brasil tem algumas linhas de excelência em alguns institutos como a Embrapa e o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), por exemplo. Porém o número é muito reduzido de pessoas trabalhando e pesquisando isso”, afirma. A opinião de Dupont não é compartilhada por Jailson Bittencourt de Andrade, professor do Departamento de Química Geral e Inorgânica do Instituto de Química da Universidade Federal da Bahia (UFBA), para quem o Brasil apresenta vantagens sim, está na dianteira e em destaque nesse setor. “O setor químico no mundo inteiro vive uma transição para a sustentabilidade, econômica e ambientalmente, e de saúde.
Embora a matriz energética mundial ainda seja muito baseada no petróleo e seus derivados, ela mostra uma tendência e um mercado crescente para bioenergia, energia obtida a partir de biomassa. De acordo com dados divulgados pelo Ministério das Minas e Energia (MME), em 2006, 87,1% da participação no consumo total de energia no mundo era oriunda dos combustíveis não renováveis, enquanto 12,9% correspondia aos combustíveis renováveis. Em 2008, no Brasil, 45,4% do consumo total de energia era renovável e 54,6% não renovável. “O etanol brasileiro feito da cana é a melhor bioenergia que existe, pois é bastante competitiva em escala mundial, custando somente 50 centavos por galão, e apresenta um rendimento energético muito bom”, explica Andrade.
Outro defensor do incentivo à química verde é Vicente Mazzarella, diretor técnico do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), mas admite que haja gargalos importantes a serem superados. “A biomassa cria empregos, fixa o homem no campo e agrega valor ao produto final”, lembra. Mazzarela é um dos responsáveis pela pesquisa sobre o potencial energético do capim elefante, uma espécie de gramínea original da África, que tem como principais pontos positivos a alta produtividade e os ciclos curtos, apresentando tantas vantagens competitivas para gerar etanol quanto a cana-de-açúcar. Para ele, “a expectativa (em termos de bioenergia) é boa porque se apoia em sustentabilidade, mas o Brasil está atrasado porque os recursos são menores, estão dispersos e não obedecem a uma política ordenada. A União Europeia e os Estados Unidos estão na dianteira, pois têm mais recursos e os recursos são mais ordenados”. As universidades e os institutos de pesquisa têm procurado melhorar o rendimento dos processos de obtenção de álcool e do plantio de cana-de-açúcar, buscando variedades mais produtivas. Em termos de energia proveniente da cana, atualmente, aproveita-se cerca de 1/3 de toda a planta. Essa parcela é processada para obter açúcar ou álcool, e o bagaço da cana está começando a ser mais aproveitado.
Os principais entraves para o potencial bioenergético brasileiro
Na opinião de Andrade, além da utilização de combustíveis e matérias-primas renováveis, é preciso que a indústria migre para um sistema intenso de reuso e reciclagem. “Precisa também de uma mudança cultural, que se propague na população. Melhorias na educação, desde o ensino básico até o superior, são primordiais para que isso aconteça”, completa. Ele acrescenta que “o Brasil precisa de incentivos, isenção fiscal e políticas públicas para tornar os insumos renováveis atrativos. E tudo isso levando em consideração que o impacto da utilização de matéria-prima renovável é global, mas há necessidade de se pensar em soluções regionais para as questões que abrangem a biomassa. A soberania do Brasil depende do desenvolvimento de tecnologias novas e de ponta”. O pesquisador avalia que a mudança de discurso político no Brasil também seja um ponto negativo para implementar a substituição de insumos. Há alguns anos, o governo defendia a importância do uso e da produção de etanol para o desenvolvimento brasileiro, cujo principal expoente está nos carros flex, movidos a álcool e a gasolina. Hoje, acredita-se que a riqueza nacional esteja justamente no melhor modo de se extrair e aproveitar o petróleo presente na camada pré-sal. “Deve-se definir qual agenda será mantida, a do pré-sal ou a da bioenergia”, confirma.
Dupont também acredita que se não houver intervenção do Estado para regulamentar a mudança do petróleo para a biomassa, ela não ocorrerá. “O Brasil tem terras e tem tecnologias para o desenvolvimento de grãos. E isso passa a ser uma vantagem brasileira. Entretanto, o que não há é a transformação dessas commodities em produtos de maior valor agregado”, critica. Ele reitera que o principal ponto crítico está na baixa quantidade de pesquisadores capacitados no país e que a maioria deles está em instituições públicas, que muitas vezes se comportam como repartições, cujos processos são incompatíveis com as necessidades científicas, tecnológicas e de inovação. De acordo com ele, é preciso que ocorra uma mudança também no modo de se fazer e entender a CT&I, nacionalmente. “Há três entraves nessa questão: em primeiro lugar, está a quantidade baixa de pessoal capacitado para fazer ciência e trabalhar com tecnologia e inovação; em segundo, o regramento jurídico incompatível com a necessidade; e em terceiro, a vontade política para fazer uma mudança que traga a possibilidade se competir internacionalmente”, explica.
Mazzarela confirma que o principal entrave para a bioenergia está na questão tecnológica e que a biomassa é uma solução economicamente viável para suprir a demanda por energia renovável e limpa. “A solução vai variar de acordo com a região, o tipo de biomassa e a escala de produção”, diz. Para o pesquisador a substituição da energia não renovável pela renovável se dará em termos políticos, econômicos e tecnológicos: “Econômico porque você tem um contingente grande de pessoas que vivem em torno disso e se cria uma corrente social muito interessante, no contexto social e econômico. Tecnológico porque o Brasil tem uma certa vantagem e tem que investir nisso, tanto com a cana quanto com o capim elefante. E político porque isso interessa para o Brasil, policamente”. Na opinião dele, o Brasil tem que encontrar meios de prover melhorias genéticas, pois tem boas condições de solo e clima para aumentar sua produção de etanol.
Financiamento de pesquisas em química verde
Algumas propostas de financiamento acenam com um sinal positivo do governo federal em direção ao incentivo à economia verde. A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), por exemplo, tem investido em pesquisas e inovação tecnológica voltada para a economia verde. Cerca de três bilhões de reais da carteira contratada da empresa são destinados para o tema, entre recursos reembolsáveis e não reembolsáveis, desde 2002, conforme mostra uma análise preliminar divulgada pelo órgão. As áreas de energias renováveis e biocombustíveis, mudança do uso do solo prioritariamente na agroindústria e tecnologias verdes correspondem a mais de 75% do total de financiamentos. Os projetos que têm como principal enfoque a redução de carbono representam R$1,674 bilhão e o valor total de recursos destinados a economia verde tem apresentado um crescimento anual de 20%.
O Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) também financia pesquisas voltadas para a química verde, biocombustíveis e bioenergia. O financiamento se dá a partir dos seguintes macrotemas: 36% agrícola, 19% novos produtos, 16% uso de produtos, 15% industrial de primeira geração e 14% industrial de segunda geração. Entre as iniciativas do Banco, em conjunto com a Finep, destaca-se o Plano Conjunto de Apoio à Inovação Tecnológica Industrial dos Setores Sucroenergético e Sucroquímico (PAISS), que contemplam três linhas diferenciadas de pesquisa: a primeira é voltada para o bioetanol de segunda geração, a segunda tem enfoque nos novos produtos de cana-de-açúcar e a terceira aborda as tecnologias, equipamentos, processos e catalisadores de gaseificação.
Fazer química verde não é apenas substituir nafta por etanol
Essa nova onda da química não envolve apenas substituir um insumo por outro, pois é, na verdade, uma mudança de paradigma científico, em que é preciso buscar procedimentos com menor impacto ambiental durante todo o processo de produção de bens e produtos. Em outros termos, a química verde é o princípio que deve ser utilizado durante os processos, que devem ser pensados sempre em termos ambientais. Sobre a utilização de energia, Dupont exemplifica: “Um desses princípios diz que é preciso minimizar o uso de energia e água durante os processos. Para fazer um pote de iogurte, eu utilizo dez vezes mais energia do que a bebida vai gerar depois, calorias”. Para que esses processos ocorram, atualmente, existem os doze mandamentos ou princípios da química verde, que devem ser seguidos, para minimizar impactos. São eles: 1) Em vez de limpar e tratar resíduos, evite sua formação; 2) Use reações que incorporem ao máximo o material de partida ao produto final, para evitar resíduos; 3) Prefira processos que minimizem o uso e a geração de substâncias tóxicas; 4) Crie moléculas que funcionem sem ser tóxicas; 5) Evite usar solventes; se não der, prefira os menos tóxicos; 6) Economize energia; prefira processos que funcionem a pressão e temperatura ambiente; 7) Use biomassa ou outra matéria-prima renovável sempre que possível; 8) Evite a formação de derivados nas reações, que sempre podem gerar resíduos; 9) Catalisadores aceleram processos e devem ser usados sempre que possível; 10) Desenhe moléculas que, uma vez exercida sua função, se degradem em produtos inócuos; 11) Monitore as substâncias nocivas que podem surgir num processo à medida que elas são formadas, e não ao final da fabricação de um lote de produto; 12) Escolha processos que minimizem o potencial de acidentes, como vazamentos e explosões. 

Fonte: http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=68&id=858

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