20 de fev. de 2015

A TENDÊNCIA DO BAIXO CONSUMO DE CARNE



A não muito tempo atrás, uma refeição centrada na carne era um prazer raro. Hoje, porém, maioria das pessoas no Ocidente come carne todos os dias - muitos comem carne em todas as refeições.

E mesmo as pessoas em culturas menos carnívoras estão pegando gosto por essa comida - na China, por exemplo, comer carne tornou-se um espécie de "objeto de desejo".

Para isso, é necessário prover o bem de consumo: a produção de carne no mundo subiu de 78 milhões de toneladas por ano em 1963 para 308 milhões toneladas em 2014.

Os danos da carne barata

O problema - deixando de lado as questões em torno da moralidade ou não de matar os animais para comer - é que o planeta não consegue suportar esse apetite crescente. Os pastos usados para alimentar o gado já respondem por 26% das terras livres de gelo do planeta, e a indústria da carne é responsável por 15% de todas as emissões de gases de efeito estufa.

Isso tem levado a uma forte convicção de que a carne hoje é muito barata, com seu preço empurrado para baixo por práticas pecuárias cada vez mais intensivas. Embora isso seja largamente bom e desejável para os consumidores, é ruim para o meio ambiente - em termos de poluição e resistência aos antibióticos, bem como para o clima - novamente, sem olhar a coisa pelo lado dos animais.

O que os especialistas estão apontando agora é que, no longo prazo, isso pode ser ruim também para os consumidores.

Mas será possível aumentar o preço da carne para se contrapor a esses malefícios do ponto de vista global e social?

Os governos têm conseguido reduzir o consumo de álcool e tabaco aumentando os impostos sobre esses produtos, mas um "imposto da carne" seria muito mais controverso, uma vez que não há evidência tão claras sobre possíveis ligações entre altos níveis de consumo de carne e o câncer, por exemplo, ou as doenças cardíacas.

Outra opção que parece viável poderia ser reduzir os subsídios agrícolas que sustentam a produção de carne - subsídios que são gastos do governo e, portanto, representam o outro lado da equação dos impostos. Mas a batalha será dura contra os grupos de pressão dos ruralistas e, novamente, do público, que verá o preço da carne subir.

Persuasão

A boa notícia é que parece que a persuasão pode funcionar melhor do que a coerção.

No Reino Unido e nos Estados Unidos, as preocupações com a saúde já reduziram o consumo de carne vermelha e processada.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos está para lançar um novo documento contendo orientações dietéticas para o consumo de carne baseadas nas últimas evidências científicas.

Desta vez, as recomendações poderão abordar os efeitos da produção e consumo de carne sobre o meio ambiente, bem como diretamente sobre a saúde humana.

A indústria e os ruralistas não vão gostar, mas o público pode achar que uma dieta com baixo consumo de carne está mais ao seu gosto.

18 de fev. de 2015

Testando Software ao Estilo "Minority Report" Contra Crimes


O filme Minority Report, é uma produção de 2002 dirigida por Steven Spielberg e estrelada por Tom Cruise, que apresentou um conceito utópico bastante interessante. Com a ajuda de humanos com capacidades paranormais de prever o futuro, a polícia de Washington conseguiu acabar com a criminalidade prendendo e punindo antecipadamente os acusados desses “pré-crimes”.

Acontece que a ficção científica pode não estar tão longe de nossos dias. Segundo o site BBC News, a polícia de Londres acabou de terminar um estudo que durou 20 anos e agora está testando um software que faz exatamente isso: tenta prever quais pessoas tem maior tendência de cometer crimes violentos.

O programa utilizado pela polícia londrina está sendo desenvolvido pela Accenture, maior empresa de consultoria do mundo e uma grande atuante no mercado de consultoria de tecnologia. Segundo Muz Janoowalla, diretora da divisão de Análise de Segurança Pública da empresa, há pouco recurso policial disponível e é necessário direcioná-lo eficientemente.

“O que o software faz é dizer quais são os indivíduos que têm maior probabilidade de cometer um crime e que deveriam ser focalizados pelos recursos limitados”

FONTE: TEC MUNDO

Ano Internacional da Luz - 2015


O Ano Internacional da luz é uma iniciativa global que irá ressaltar aos cidadãos do mundo, a importância da luz e das tecnologias ópticas em suas vidas, para seu futuro, e desenvolvimento da sociedade. É uma oportunidade única para inspirar, educação e conexão em escala global.



“Luz, Ciência e Ação”. É este o tema central definido para a 67ª. Reunião Anual que acontecerá entre os dias 12 e 18 de julho de 2015 no campus da Universidade Federal de São Carlos, em São Carlos, SP. O tema escolhido é alusivo ao Ano Internacional da Luz, que em 2015 será celebrado em diversos países, por decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em reconhecimento à importância das tecnologias associadas à luz na promoção do desenvolvimento sustentável e na busca de soluções para os desafios globais nos campos da energia, educação, agricultura e saúde.



15 de fev. de 2015

ENSINO MÉDIO VAI MUDAR ?



Qual o objetivo do Ensino Médio brasileiro? Trata-se de um ciclo de preparação para a Educação Superior? Deveria preparar os jovens para a entrada no mundo do trabalho? Ou teria como objetivo oferecer uma formação geral, garantindo valores associados ao protagonismo juvenil, à ética e à cidadania? No seu formato atual, o Ensino Médio tende a abarcar uma imensidão de papéis e tarefas e acaba por não desempenhá-los de maneira satisfatória e completa. É inegável que esse segmento carece de uma nova proposta político-pedagógica. Dessa forma, o objetivo deste texto é fazer algumas observações sobre o Ensino Médio no Brasil de hoje traçando um diagnóstico da situação atual, apontando os entraves que se apresentam no caminho das mudanças e apresentando propostas que permitam tratar as diferentes funções dessa etapa de ensino de forma compatível com as características da população que ela deve atender. A preocupação tardia com o Ensino Médio passou a constar na agenda pública brasileira apenas a partir do movimento de universalização (também tardio) do Ensino Fundamental, no final dos anos 1990. Além disso, fatores associados a mudanças socioeconômicas, tecnológicas e culturais nas últimas décadas tornaram o Ensino Médio foco de atenção de governantes, de especialistas da Educação e de várias parcelas da sociedade. A diversificação dos processos de trabalho passou a demandar, além de conhecimentos técnicos, habilidades gerais associadas à capacidade de abstração. Portanto, é imperativa a formação de um jovem capaz de lidar com essas mudanças.
MAIS EM:
A pauta da Educação em 2015

14 de fev. de 2015

O BIG BANG EXISTIU ?


A teoria mais aceita hoje é que o Universo teve um início : o Big Bang, a explosão de um ponto infinitamente denso, uma singularidade. A partir dessa explosão, teria havido uma expansão e o resultado seria o Universo atual. Essa teoria é baseada na relatividade geral, proposta por Einstein.

No entanto um novo modelo, que mistura correções quânticas na teoria de Einstein, sugere que não houve Big Bang. E que, na verdade, o Universo não começou: ele sempre existiu.

"A singularidade do Big Bang é um problema para a relatividade, porque as leis da física já não fazem sentido pra ela", afirma Ahmed Farag Ali, pesquisador da Universidade Benha, no Egito. Ele e o coautor Saurya Das, da Universidade de Lethbridge, em Alberta, no Canadá, mostraram que esse problema pode ser resolvido se acreditarmos em um novo modelo, no qual o Universo não teve começo - e não terá fim.

Os físicos esclarecem que o que eles fizeram não foi simplesmente eliminar a singularidade do Big Bang. Eles se basearam no trabalho de David Bohm, físico que, nos anos 1950, explorou o que acontecia se substituíssemos a trajetória mais curta entre dois pontos numa superfície curva por trajetórias quânticas. No seu estudo, Ali e Das aplicaram as trajetórias Bohminanas a uma equação que explica a expansão do universo dentro do contexto da relatividade geral. Com isso o modelo contém elementos da teoria quântica e da relatividade geral. Os pesquisadores esperam, com isso, que seu modelo se mantenha mesmo quando uma teoria completa da gravitação quântica for formulada.

Mas então o Universo não teve nem começo e nem fim? Com o modelo, os físicos estabelecem que o Universo tem um tamanho finito - e, com isso, podem dar a ele idade infinita, o que combina com nossas medições de constantes cosmológicas e de densidade.

O modelo descreve o Universo como preenchido com fluido quântico, que seria composto de gravitons, partículas hipotéticas que mediam a força da gravidade. Se eles existem, eles teriam um papel essencial na teoria da gravitação quântica. Agora os físicos pretendem analisar perturbações anistrópicas no Universo, elevando em consideração a matéria escura e a energia escura, mas eles acreditam que os próximos cálculos não afetarão os resultados atuais. "É satisfatório saber que essas correções podem resolver tantos problemas de uma vez".

fonte: PhysORG

10 de fev. de 2015

ÁGUA DO MAR VIRA POTÁVEL ENRIQUECIDA EM SP




Uma companhia localizada em Bertioga, litoral de São Paulo, desenvolveu um método para dessalinizar a água do mar e torná-la própria para consumo humano. O produto espera a análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que possa ser comercializado.


Batizado de 63 Water Vital Minerals, a empresa não ganhou esse nome à toa. Os fundadores, o empresário Annibale Longhi e o engenheiro Silvio Paixão, garantem que, por meio da técnica, é possível retirar o sal e ainda manter 63 minerais que são importantes para os seres humanos.


Longhi afirma que as garrafas de água vendidas nos supermercados possuem cerca de 12 minerais, entretanto para o corpo se manter saudável são necessários muito mais.


No laboratório, a água passa por um processo de tratamento de quatro fases. Coletada a 10 quilômetros de distância da costa e abaixo de 30 metros de profundidade, o líquido passa por desinfecção, decantação, filtragem, em seguida passa por análises e controles de qualidade. Segundo a empresa, nada é adicionado na água. A fábrica tem capacidade para fabricar 33 mil garrafinhas diariamente.


Os empresários já conseguiram o aval da biomédica Lucia Abel Awad, que realizou uma pesquisa com apoio da USP e da UNIP. A conclusão foi que a água não tem efeito tóxico e que pode ser ingerida normalmente. O estudo foi anexado aos documentos exigidos pela Anvisa.


Apesar de estar sob avaliação da Anvisa para ser comercializada em território nacional, o mesmo órgão já autorizou a produção e exportação da água. Em reportagem ao G1, os empresários afirmaram que há compradores na França e Alemanha. Por isso, a água agora deve passar pelo crivo da legislação europeia. Ainda de acordo com o site da empresa, a água engarrafada já possui distribuidores nos Estados Unidos.

Preço

Por mês, a produção teria uma média de 1 milhão de unidades. Mas, essa possível solução para a falta d’água tem um preço salgado. 

Enquanto uma garrafa de água mineral comum custa em média R$ 1,50, uma garrafinha de água dessalinizada chega a custar duas ou três vezes mais.

Sabor

O G1 testou o produto com alguns moradores da Baixada Santista e a reação das pessoas foi a melhor possível.

Segundo um estudo de uma pesquisadora ligada à Universidade Paulista (Unip) e Universidade de São Paulo (USP), a água não oferece riscos e pode ser consumida normalmente.

A ideia

Um dos responsáveis pela criação do processo de dessalinização, o empresário Annibale Longhi, conta que buscava também uma forma de recuperar os minerais perdidos no dia a dia por meio da água. 

“Uma célula em equilíbrio deve conter cerca de 100 minerais. Ao longo da vida, você vai perdendo isso.” Por isso, Longhi começou a fazer experiências para encontrar um produto que não tivesse sal em grande quantidade e que fosse saudável.

Após um longo período de análises, ele descobriu que o mar guarda os minerais necessários para o corpo. 

“Na água do mar encontramos 63 minerais que ajudam o sistema celular. A água vendida nos supermercados tem, no máximo, 12 minerais. Porém, para o corpo ficar saudável, precisa de muito mais”, explica.

Tratamento

Há três anos o empresário e o engenheiro Silvio Paixão montaram um sistema de dessalinização da água. 

Ela é retirada do mar, a cerca de 30 metros de profundidade, e passa por um processo de tratamento de quatro fases. 

Metade da água retirada do mar se transforma em potável. A outra metade volta para o oceano, com concentração maior de sal. Esta água é descartada em vários pontos para não comprometer o meio ambiente.

Após o tratamento, a água permanece com os 63 minerais naturais que o corpo necessita. 

De acordo com Paixão, o pH 7,5 da água do mar é mantido. O pH é a medida que indica a acidez, a neutralidade e a alcalinidade de uma solução. Sete é o valor neutro. Um pH mais perto de 0 indica acidez e mais perto de 14, alcalinidade.

“Como nós não adicionamos nada, só retiramos o cloreto de sódio, o pH permanece o mesmo. O pH é uma coisa muito importante quando se trata de saúde humana. Essa água nunca vai trazer problemas para o corpo. O rim e o fígado funcionam até melhor”, afirma.

Produção

No laboratório em Bertioga, é possível produzir uma grande quantidade das garrafas de água. 

A fábrica tem condições de fazer até 33 mil garrafinhas por dia, totalizando 16 mil litros do produto, o que daria cerca de 1 milhão de unidades por mês. 

Pesquisa

A biomédica Lucia Abel Awad, com o apoio da USP e da Unip, realizou um estudo de cerca de três anos sobre a água fabricada em Bertioga. 

“Primeiro fizemos testes em camundongo e ratos, com protocolos que obedecem aos critérios da Anvisa. Avaliamos questões hematológicas, renais, hepáticas e sinais clínicos. Fizemos todos os testes para saber se a água produzia algum efeito maléfico ou benéfico no organismo desses animais. Os animais não apresentaram problemas. Concluímos que a água não tem efeito tóxico e que pode ser tomada sem restrições”, diz ela.

Vendas

A água 63 Water Vital Minerals já foi engarrafada, mas os empresários aguardam a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para começar a vender o produto no Brasil. 

A pesquisa realizada pela universidade foi incluída na série de documentos e exames laboratoriais solicitados pelo órgão. 

“Superamos a demanda da Anvisa e estamos aguardando a análise. Entregamos todo esse material no começo de 2014 e estamos esperando a aprovação”, afirmou o engenheiro.

Segundo eles, há compradores na Alemanha (Galeria Kaufhof) e na França (La Grande Epicerie), onde o produto também passa por análise, de acordo com a legislação europeia.

“Já passamos pelos processos de análise química e microbiológica. Estamos na fase da radioatividade. Passando por isso, nosso produto será aceito em toda a Europa”, explica Paixão. (Via G1)

FONTE: CICLO VIVO
http://ciclovivo.com.br/noticia/empresa-de-sp-transforma-agua-do-mar-em-potavel

7 de fev. de 2015

Filtro Para Captação de Água da Chuva



Em tempos de crise hídrica, as soluções que facilitam o reaproveitamento de água são sempre bem vindas, já que cada gota vale muito. O ChoveChuva é um equipamento capaz de filtrar a água da chuva para melhorar a captação e qualidade do recurso para reuso.


A tecnologia surgiu a partir da necessidade identificada em escolas públicas de Belo Horizonte, MG, como explicado pela engenheira sanitarista e ambiental, Isabella Cordeiro Cantarelli. Segundo ela, quando a legislação local passou a obrigar a coleta da água de chuva, a Hidrologia, empresa especializada em soluções para o tratamento de água, percebeu que a o sistema podia ser muito mais eficiente. Assim nascia o filtro pluvial, ChoveChuva.

Para garantir a limpeza da água, o coletor conta com quatro etapas de filtragem. Conectado à calha da residência, a água da chuva escoa direto para o captador. A primeira fase é a caixa separadora de folhas, que separa o material grosso. A água segue, então, para o segundo compartimento, onde estão dispostas pedras de calcário, responsáveis por regular os níveis de acidez. Na terceira etapa ocorre a adição do cloro à água para desinfetar e eliminar os micro-organismos, conforme norma do Ministério da Saúde. A fase final consiste na filtragem, onde são retirados os materiais em suspensão.

4 de fev. de 2015

CONTRA A FADIGA... LUZ AZUL !!!


Azul contra o cansaço

A exposição à luz azul pode ser um remédio natural, eficaz e sem contraindicações para a fadiga, tanto durante o dia quanto durante a noite.

A exposição a um comprimento de onda curto - como a luz azul clara - durante o dia melhora direta e imediatamente o estado de alerta e o desempenho físico e mental.

Esta conclusão está em um trabalho publicado na edição de fevereiro da revista especializada Sleep por pesquisadores do Hospital Brigham and Women (EUA).

Já se sabia que, além de destruir bactérias, a luz azul regula o relógio biológico de trabalhadores noturnos.

Mas parece que os efeitos são mais amplos do que se acreditava.

"Nossa pesquisa anterior mostrou que a luz azul é capaz de melhorar o estado de alerta durante a noite, mas nossos novos dados demonstram que esses efeitos também se estendem à exposição diurna à luz azul," disse Shadab Rahman.

"Estes resultados demonstram que a exposição prolongada à luz azul durante o dia tem um efeito de deixar a pessoa mais alerta," completou.

Cores sob demanda

A fim de determinar quais comprimentos de onda de luz - as cores da luz - são mais eficazes para afastar a fadiga, Rahman se juntou ao Dr. George Brainard, professor de neurologia da Universidade Thomas Jefferson, que estuda os efeitos da luz sobre o corpo humano há mais de 30 anos, tendo desenvolvido um equipamento de iluminação especializado para estudar esses efeitos.

Eles compararam os efeitos da luz azul com a exposição a outras cores sobre o desempenho dos voluntários.

Aqueles expostos à luz azul de forma consistente se mostraram menos sonolentos, tiveram tempos de reação mais rápidos e menos lapsos de atenção durante os testes de desempenho, em comparação com aqueles que foram expostos a outras cores.

Os voluntários também apresentaram alterações nos padrões de atividade cerebral que indicavam um estado mais alerta.

Os pesquisadores observam que o próximo grande desafio é descobrir como aplicar uma melhor iluminação. Embora a luz natural seja ideal, muitas pessoas não têm acesso à luz do dia em suas escolas, casas ou locais de trabalho.

A solução pode estar em novas tecnologias de iluminação com controle de cor, o que permitirá maximizar os efeitos benéficos da luz para a saúde humana, além de garantir melhor produtividade e maior segurança no trabalho.

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