19 de dez. de 2014

NÓS SOMOS O TEXTO

 

TECNOLOGIAS INTELECTUAIS E MODOS DE CONHECER: NÓS SOMOS O TEXTO

Pierre Lévy

O que acontece quando lemos ou escutamos um texto? Em primeiro lugar, o texto é perfurado, ocultado, permeado de brancos. São as palavras, os pedaços de frases que não ouvimos (não só no sentido perceptivo, mas também intelectual do termo). São os fragmentos de texto os quais não compreendemos, não tomamos em conjunto, não reunimos uns aos outros, negligenciamos. Paradoxalmente, ler, escutar, é começar por negligenciar, por não ler ou desligar o texto.  
Ao mesmo tempo em que rasgamos o texto pela leitura, nós o ferimos. Nós o recolocamos sobre ele mesmo. Nós relacionamos, umas às outras, as passagens que se correspondem. Os pedaços dispersos sobre a superfície das páginas ou na linearidade do discurso, nós os costuramos em conjunto: ler um texto é reencontrar os gestos textuais que lhe deram seu nome.  
As passagens do texto estabelecem virtualmente uma correspondência, quase uma atividade epistolar que nós, bem ou mal, atualizamos, seguindo ou não, aliás, as instruções do autor. Produtores do texto, viajamos de um lado a outro do espaço de sentido, apoiando-nos no sistema de referência e de pontos, os quais o autor, o editor, o tipógrafo balizaram. Podemos, entretanto, desobedecer às instruções, tomar caminhos transversais, produzir dobras interditas, nós de redes secretos, clandestinos, fazer emergir outras geografias semânticas. 
Tal é o trabalho da leitura: a partir de uma linearidade ou de uma superficialidade inicial, rasgar, ferir, entortar, redobrar o texto, para abrir um meio vivo onde possa desplugar-se o sentido. O espaço do sentido não preexiste à leitura. É percorrendo-a, cartografando-a que nós o fabricamos.  
No entanto, enquanto redobramos o texto sobre ele mesmo, produzindo assim sua relação consigo mesmo, sua vida autônoma, sua aura semântica, nós o reportamos também a outros textos, a outros discursos, a imagens, a sentimentos, a toda a imensa reserva flutuante de desejos e de signos que nos constituem. Aqui, não é a unidade do texto que está em jogo, mas a construção de nós mesmos, construção sempre a refazer, inacabada. Não é mais o sentido do texto que nos ocupa, mas a direção e a elaboração de nosso pensamento, a precisão de nossa imagem do mundo, o resultado de nossos projetos, o despertar dos nossos prazeres, o fio de nossos sonhos. Desta forma, o texto não é mais amarrotado, redobrado em rolo sobre ele mesmo, mas decupado, pulverizado, distribuído, avaliado segundo os critérios de uma subjetividade nascida de si mesma. 
Do texto, logo nada mais resta. Ou melhor, graças a ele retocamos nossos modelos de mundo. Ele nos serviu, talvez, apenas para fazer entrar em ressonância algumas imagens, algumas palavras que nós já possuíamos. Por vezes, relacionamos um de seus fragmentos, investido de uma intensidade especial, a tal zona de nossa arquitetura mnemônica, um outro a tal pedaço de nossas redes intelectuais. Ele nos serviu de interface conosco mesmos. Apenas muito raramente nossa leitura, nossa escuta, terá como efeito reorganizar dramaticamente, como por um tipo de efeito de limite violento, o bolo misturado de representações e de emoções que nos constitui.  
Escutar, olhar, ler, voltam finalmente a se construir. Na abertura em direção ao esforço de significação que vem de outro, trabalhando, atravessando, amassando, decupando o texto, incorporando-o a nós, destruindo-o, nós contribuímos para erigir a paisagem de sentido que nos habita. Confiamos, por vezes, alguns fragmentos do texto aos conjuntos de signos que se movimentam em nós. Estes ensinamentos, estas relíquias, estes fetiches ou esses oráculos não têm nada a ver com as intenções do autor nem com a unidade semântica viva do texto. Eles, contribuem, porém, para criar e recriar o mundo de significações que nós somos.  
Até agora, não pronunciei a palavra hipertexto. No entanto, não se tratou senão disto. As tecnologias intelectuais, quase sempre, exteriorizam e reificam uma função cognitiva, uma atividade mental. Assim fazendo, elas reorganizam a economia ou a ecologia intelectual em seu conjunto e modificam em retorno a função cognitiva a qual pressupunha-se somente assistir e reforçar. As relações entre a escritura (tecnologia intelectual) e a memória (função cognitiva) estão aí para testemunhar.  
A chegada à escritura acelerou um processo de artificialização e de exteriorização da memória que sem dúvida começou com a hominização. Seu uso massivo transformou o rosto de Mnemósina.(1) Acabamos por conceber a lembrança como um registro.  
A semi-objetivação da memória no texto sem dúvida permitiu o desenvolvimento de uma tradição crítica. Com efeito, a escrita cruza uma distância entre o saber e seu sujeito. É talvez porque eu não sou mais o que eu sei que eu posso recolocá-lo em questão. A escritura fez surgir assim um dispositivo de comunicação, no qual as mensagens são muito freqüentemente separadas no tempo e no espaço de sua fonte de emissão e então recebidas fora do contexto. Do lado da leitura, foi preciso então refinar as práticas interpretativas. Do lado da redação, devemos imaginar sistemas de enunciados auto-suficientes, independentes do contexto.  
Com a escritura, e mais ainda com o alfabeto e a impressão, as formas de conhecimento teóricas e hermenêuticas avançaram sobre os saberes narrativos e rituais das sociedades orais. A exigência de uma verdade universal, objetiva e crítica, não pôde se impor senão em uma ecologia cognitiva grandemente estruturada pela escrita.  
Sabemos que os primeiros textos alfabéticos não separavam as palavras. Apenas muito lentamente foram sendo inventados os brancos entre os vocábulos, a pontuação, os parágrafos, as claras divisões em capítulos, os sumários das matérias, os índices, a arte de colocar na página, a rede de remissões de enciclopédias e dicionários, as notas de pé-de-página – em suma tudo o que facilita a leitura e a consulta de documentos escritos. Contribuindo para dobrar os textos, estruturá-los, articulá-los para além de sua linearidade, estas tecnologias auxiliares compõem o que nós poderíamos chamar de aparelho de leitura artificial.  
O hipertexto, a hipermídia ou a multimídia interativa percorrem um processo já antigo de artificialização da leitura. Se ler consiste em selecionar, esquematizar, construir uma rede de remissões internas ao texto, em associar a outros dados, em integrar as palavras e as imagens para uma memória pessoal em reconstrução permanente, então os dispositivos hipertextuais constituem uma espécie de reificação, de exteriorização dos processos de leitura. Já o vimos, a leitura artificial existe desde muito tempo. Que diferença podemos estabelecer entre o sistema que estava estabilizado sobre as páginas dos livros e dos jornais e aquele que se inventa hoje sobre as relações digitais? Em relação às técnicas anteriores, a digitalização introduz primeiro uma pequena revolução copernicana: não é mais o leitor que segue as instruções da leitura e se desloca no texto, mas é, de hoje em diante, um texto móvel, caleidoscópio que apresenta suas facetas, gira, torna e retorna à vontade diante do leitor.  
De outra parte, a escritura e a leitura mudam seus papéis. Aquele que participa na estruturação do hipertexto, no traçado pontilhado das possíveis pregas do sentido, é já um leitor. Simetricamente, aquele que atualiza um percurso ou manifesta tal ou qual aspecto da reserva documentária contribui para a redação, encontra momentaneamente uma escrita interminável. As costuras e remissões, os caminhos de sentido originais que o leitor inventa podem ser incorporados à estrutura mesma dos corpus. A partir do hipertexto, toda leitura é uma escritura potencial. Mas sobretudo os dispositivos hipertextuais e as redes digitais desterritorializaram o texto. Eles fizeram emergir um texto sem fronteiras próprias, sem interioridade definível. Existe agora o texto, como se diz da água ou da areia.  
O texto é colocado em movimento, tomado em um fluxo, vetorizado, metamórfico. Está assim mais próximo do movimento mesmo do pensamento, ou da imagem que nós dele fazemos hoje. O texto subsiste sempre, mas a página se oculta. A página, isto é, o pagus latino, o campo, o território situado pelo branco das margens, lavrada de linhas e semeada pelo autor de letras, caracteres. A página, pesada ainda da argila mesopotâmica, aderindo sempre à terra do neolítico, esta página muito antiga, se oculta lentamente sob a alta superfície informacional, seus signos desligados vão rejuntar a onda numérica (digital). Tudo se passa como se a numerização (digitalização) estabelecesse uma espécie de imenso plano semântico, acessível em todo lugar, para o qual cada um poderia contribuir para produzir, dobrar diversamente, retomar, modificar, redobrar... Há necessidade de o sublinhar? 
As formas econômicas e jurídicas herdadas do período precedente impedem hoje o movimento de desterritorialização de ir até seu fim. A interpretação, quer dizer, a produção de sentido, não remete mais, desde então, à interioridade de uma intenção, nem a hierarquias de significações esotéricas, mas antes à apropriação sempre singular de um navegador. O sentido emerge de efeitos de pertinências locais, ele surge na intersecção de um plano semiótico desterritorializado e de uma mira de eficácia ou de prazer. Eu não me interesso mais sobre o que pensou um autor ausente, eu quero que o texto me faça pensar, aqui e agora. Nós chegamos aqui no limite das noções de texto e de leitura. Para ultrapassar a fronteira, para tentar compreender o que se joga além dela, proponho uma experiência de pensamento.  
Suponhamos que nós não tivéssemos inventado ainda a escritura e que extraterrestres tivessem colocado à nossa disposição todos os medias de comunicação contemporâneos, aí compreendido o suporte dinâmico, interativo, dotado de memória e de capacidade de cálculo autônomo que constitui a tela do computador. Os extraterrestres nos sugerem inventar um sistema de signos para nos ajudar a pensar e a registrar nossos pensamentos. Nestas circunstâncias, que gênero de escritura deveríamos colocar em questão? Seria o alfabeto? Certamente não, uma vez que o alfabeto – vogais e consoantes – é, grosso modo, um sistema de notação de som e que nós já dispomos de inúmeros aparelhos para registrar e restituir a voz. De que serviria passar anos a aprender o uso de um sistema de notação visual do som, uma vez que nós já o podemos gravar, reproduzir e, sobretudo, graças ao endereçamento numérico (digital), navegar na matéria sonora à vontade? O alfabeto foi inventado em uma época em que o gravador não existia. Na Antigüidade e na Idade Média, utilizavam-se os textos alfabéticos quase como fitas magnéticas, uma vez que as pessoas deveriam ler em voz alta e então ouvir o som para compreender o sentido. Mas como testemunham os ideogramas chineses, a escritura, para ser notação do pensamento, não é necessariamente um registro fiel do som das palavras.  
Como o mostram as cifras árabes e a notação matemática em geral, uma escritura pode ser independente das línguas. Se nos reportarmos à nossa experiência imaginária, ficará claro que nossos extraterrestres nos sugerem inventar uma escritura, um sistema de signos, uma tecnologia intelectual que, de um lado, não faça duplo emprego dos medias fundados sobre a captura imediata da imagem e do som e que, de outro lado, explore todas as possibilidades abertas pelas telas gráficas interativas, ou seja, através das realidades virtuais multimodais em três dimensões. A maioria dos sistemas de signos conhecidos até hoje – alfabético, ideográfico, mistos ou outros – foram imaginados quando se dispunha apenas de suportes estáticos fixos. Observamos que os multimedias ou hiperdocumentos contemporâneos contentam-se, muito freqüentemente, em retomar os signos inventados para outros suportes (escrituras diversas, cartas ou esquemas estáticos, imagens de vídeo, sons gravados) e colocá-los em rede. Eles promovem uma navegação nova em uma reserva semiótica antiga. Eles desterritorializam o estoque de signos já disponíveis. Nada de espantoso nisto, uma vez que os novos suportes interativos saíram dos laboratórios e têm existência social efetiva há menos de dez anos. Dez anos! Quase nada em relação à escala de evolução cultural, muito menos tempo do que foi necessário a uma civilização para inventar uma escritura nova e remanejar, de um só golpe, seu dispositivo de comunicação, de produção e de transmissão de conhecimentos. No entanto, temos já sob os olhos, nos dois extremos da hierarquia cultural, as premissas da nova escritura.  
Do lado da pesquisa científica, visualizam-se sobre as telas os modelos numéricos (digitais) dos fenômenos. As simulações gráficas interativas impuseram-se como indispensáveis ferramentas da imaginação auxiliada por computador. Nem experiência nem teoria, a simulação – verdadeira industrialização da experiência do pensamento – abriu uma terceira via à descoberta e à aprendizagem, desconhecida dos epistemólogos. O modelo numérico (digital) o qual projeta sobre a tela sua imagem dinâmica releva uma forma de escritura, mas certamente não da notação da palavra. Não se ouve o som, mas o modelo mental. E como modelo mental, ele é interativo, explorável, móvel, modificável, fortemente articulado sobre mil reservas de dados. Na outra extremidade da escala, os videogames oferecem os modelos interativos a explorar. Eles simulam terrenos de aventuras, universos imaginários. Certo, trata-se de puro divertimento. Mas como não ser tocado pela coincidência dos extremos: o pesquisador que faz proliferar os cenários, explorando modelos numéricos (digitais), e a criança que joga um videogame experimentam, ambos, a escritura do futuro, a linguagem de imagens interativas, a ideografia dinâmica que permitirá simular os mundos.  
Antes de condenar os videogames, os humanistas, os pedagogos, os criadores, os autores, deveriam valer-se desta nova escritura e produzir com ela obras dignas desse nome, inventar novas formas de saber e exploração que lhes correspondam, dar-lhes seus títulos de nobreza. Nada seria pior do que uma situação em que as pessoas de cultura se crispassem sobre o território do texto alfabético, enquanto a linguagem do futuro seria deixada aos técnicos e comerciantes. A barbárie nasceu quase sempre da separação. Existe um conhecimento por simulação, muito diferente dos estilos teóricos e hermenêuticos que se apoiavam sobre a escritura estática. Esses critérios principais não são sem dúvida mais aqueles da verdade crítica, universal e objetiva, mas antes aqueles da potência de bifurcação e de variação, da capacidade de mutação, de operatividade, de pertinência local, contextual.  
Com efeito, os meios de comunicação contemporâneos instauraram uma ecologia de mensagens muito diferente daquela que prevaleceu até a metade do século XX. Certo, não nos banhamos jamais duas vezes no mesmo rio informacional, mas a densidade das ligações e a rapidez das circulações são tais que os atores da comunicação não têm maiores dificuldades em dividir o mesmo contexto. Daí, a pressão de universalidade e objetividade diminuiu. Como o tinha pressentido Mac Luhan, reencontramos, mas sobre uma outra órbita, a um nível de energia superior, certas condições de comunicação que reinaram nas sociedades orais. A história cruzada de suportes materiais e da relação ao saber poderia ser esquematicamente representada pelas interferências e os cavalgamentos de quatro ideais-tipos. Primeiro tipo: nas sociedades anteriores à escritura, o saber prático, mítico e ritual foi encarnado pela comunidade viva. Quando um velho morre, é uma biblioteca que queima. Segundo tipo: com o advento da escritura, o saber é carregado pelo livro, único, indefinidamente interpretável, transcendente, suposto que contém tudo: a Bíblia, o Corão, os textos sagrados, os clássicos, Confúcio, Aristóteles... Terceiro tipo – desde a prensa até essa manhã: aquela da enciclopédia. Aqui, o saber não é mais carregado pelo livro, mas pela biblioteca. Ele é estruturado por uma rede de remissões, perseguida talvez, desde sempre, pelo hipertexto. A desterritorialização da biblioteca a que assistimos hoje não é talvez senão o prelúdio à aparição de um quarto tipo de relação com o conhecimento.  
Por uma espécie de retorno em espiral à oralidade das origens, o saber poderia ser de novo tomado pelas coletividades humanas vivas antes que por suportes separados. Somente esta vez, o portador direto do saber não seria mais a comunidade física e sua memória carnal, mas o cyberspace, a região dos mundos virtuais por intermédio da qual esta comunidade conheceria seus objetivos e se conheceria ela mesma como inteligência coletiva. Aqui, não visamos mais o futuro do texto clássico como na primeira parte de meu discurso, nem a invenção de uma nova escritura como na segunda parte, mas, para terminar, o basculamento em direção a toda uma outra ecologia da comunicação. A reunião dos documentos numerizados (digitalizados), programas inteligentes, de sistemas à base de conhecimentos, de suportes de simulação e de multimídias interativos, é já virtualmente realizada pela interconexão mundial de memórias informáticas. As mensagens eletrônicas construíram uma rede de comunicação internacional na qual se podem trocar e comentar toda sorte de dados. Mas como se orientar neste cyberspace onde correm mensagens e informações de toda ordem? Como se localizar em um fluxo? É preciso tentar desesperadamente fixar a forma do espaço científico, traçar as fronteiras das disciplinas? É preciso hierarquizar o essencial e o acessório? Mas, segundo qual critério? Para quem e por quanto tempo? Não é preciso antes se resolver a considerar o conhecimento como um espaço contínuo e flutuante, o mesmo para todos e diferente para cada um? Por que não projetar uma galáxia de mundos virtuais, exprimindo a diversidade dos saberes humanos, que não estaria organizado a priori, mas refletiria, ao contrário, os percursos e os usos de seus exploradores?  
Quase vivas, essas cosmopedias(2) seriam estruturadas e reestruturadas, cartografadas e recartografadas em tempo real pela escritura e a leitura coletivas. Assim, o cyberspace de uma comunidade se reorganizaria automaticamente em função da relação movente que seus membros estabeleceriam com a massa de conhecimentos disponíveis. Desde que o indivíduo mergulhasse em uma cosmopedia, todo o espaço do saber reordenar-se-ia em torno dele, segundo sua história, seus interesses, suas interrogações, suas enunciações anteriores. Tudo o que a ele se referisse estaria próximo, ao alcance da mão. O que lhe importasse pouco distanciar-se-ia. As distâncias aí seriam subjetivas, as proximidades refletiriam as significações em contexto. As cosmopedias do século XXI não fariam mais as pessoas girarem em torno do saber, mas o saber em torno das pessoas.  
O dispositivo das árvores de conhecimentos(3) doravante tecnicamente disponível é a prefiguração deste projeto. Até agora, visaram-se sobretudo realidades virtuais que simulavam os espaços físicos. Ora, eu falo aqui de produções de espaços simbólicos, que exprimiriam sob forma de mundos virtuais as significações e o saberes próprios a uma coletividade. Esses espaços virtuais, com a implicação direta e a componente tátil que a palavra sugere, exprimiriam em tempo real os conhecimentos, os interesses, os atos de comunicação da coletividade. Na perspectiva dos mundos virtuais de significações divididas, a comunicação não é mais concebida como difusão de mensagens, troca de informação, mas como emergência continuada de uma inteligência coletiva. Não se deve, evidentemente, concebê-la como uma fusão de inteligências individuais em uma espécie de magma indistinto, mas, ao contrário, como um processo de crescimento, de diferenciação, de ramificação e de retomada mutual de singularidades.  
Os instrumentos numéricos (digitais) oferecem a possibilidade de uma evolução em direção a uma maior democracia em relação ao saber. Mas nada é garantido. A hora na qual cada um reconhece que o conhecimento é o fundamento do poder, quando se repete por todos os lugares que a capacidade de aprender e de inventar sustenta o poder econômico, não há talvez outra via para uma renovação da democracia que não imaginar e colocar em obra formas não-excludentes de relação com o saber. Com este objetivo, a ideografia dinâmica, a cosmopedia, os mundos virtuais de significação dividida, o cyberspace para a inteligência coletiva são utopias que proponho à discussão crítica. Se nunca tais possibilidades virem o dia, então o Livro, a biblioteca, o imenso corpus proliferante e louco do saber, cessariam de nos sobrepor e de nos desenganar. A transcendência do texto começaria a declinar. Nós seríamos, talvez, menos irradiados pelo espetáculo mediático. A imanência do saber à humanidade que o produz e o utiliza, a imanência do povo ao texto, tornar-se-ía mais visível.  
Por intermédio dos espaços virtuais que os exprimiriam, os coletivos humanos se jogariam a uma escritura abundante, a uma leitura inventiva deles mesmos e de seus mundos. Como certos manifestantes desse fim de século gritaram nas ruas “Nós somos o povo”, poderemos então pronunciar uma frase um pouco bizarra, mas que ressoará de todo seu sentido quando nossos corpos de saber habitarem o cyberspace: “Nós somos o texto.” E nós seremos um povo tanto mais livre quanto mais nós formos um texto vivo. 
________________ 
* Tradução de Celso Cândido. Assistência e consultoria de termos técnicos por João Batista. Edição-de-texto por Cássia Corintha Pinto.  
(1) Personificação mitológica da memória.  
(2) Cf. A Cosmopedia, uma utopia hipervisual (La Cosmopédie, une utopie hypervisuelle) – em colaboração com Michel Authier, in Culture Technique no. 24, abril 1992, consagrado às “maquinas de comunicação”, pp. 236-244.  
(3) Se encontrará a descrição disso no livro de Michel Authier e Pierre Lévy, As Arvores do conhecimento, op. cit.

29 de out. de 2014

Exposição ao Sol pode reduzir ganho de peso



A exposição ao sol pode desacelerar o ganho de peso e o desenvolvimento de diabetes tipo 2.

Cientistas constataram que a radiação ultravioleta em cobaias superalimentadas fez com que os animais comessem menos.

Após o tratamento com luz ultravioleta, os animais do estudo também apresentaram menores sinais de alerta de diabetes tipo 2, tais como níveis anormais de glicose e resistência à insulina (condição em que a insulina produzida pelo corpo é insuficiente ou ineficiente para processar a glicose nas células).

Segundo os pesquisadores, a vitamina D, produzida naturalmente pelo corpo em resposta à exposição à luz solar, não estaria envolvida no fenômeno.

Os efeitos estão ligados ao óxido nítrico, que é liberado pela pele após a exposição à luz solar. O mesmo efeito foi obtido quando um creme contendo este composto foi aplicado sobre a pele dos animais.
 

29 de ago. de 2014

Escola é violenta com aluno, diz Cristovam Buarque

Problema da violência na rede pública é gerado principalmente por conta da desvalorização da escola como instituição, aponta senador Cristovam Buarque, em entrevista para BBC Brasil, para a série de reportagens sobre violência na sala de aula.


Confira a entrevista na íntegra: http://goo.gl/0twy2p



Para Buarque, para solucionar problema da violência no curto prazo 'só colocando valium na merenda'

Um dos grandes defensores da educação como instrumento de transformação do Brasil, o senador Cristovam Buarque considera que o problema da violência na rede pública de ensino do país é gerado principalmente por causa da desvalorização da escola como instituição.

16 de ago. de 2014

A Evolução da Bicicleta

O veículo que pode ajudar as metrópoles atuais a solucionar a questão da mobilidade teve sua primeira versão construída em 1818. Desde então, foram muitos formatos, tamanhos e tipos.

Esta animação, feita por Thallis Ville von Holck, mostra a evolução da bicicleta em 60 segundos:


Mais em:
Famosos adotam bicicleta como transporte
http://bit.ly/1pfi9pY
Médicos indicam bicicleta contra obesidade
http://bit.ly/YgFui5

29 de jul. de 2014

O Futuro da Aprendizagem Móvel

O Futuro da aprendizagem móvel: implicações para planejadores e gestores de políticas (somente em PDF)
 
O relatório ajuda a orientar a forma de destacar assuntos e questões sobre o que se pode fazer com a aprendizagem móvel nos próximos 15 anos ou mais. A publicação apresenta uma visão geral da situação atual da aprendizagem móvel, descrevendo recentes desenvolvimentos na educação formal e informal, aprendizagem inovadora e tecnologia educacional. Baseado nas tendências atuais, o relatório faz previsões para o futuro da aprendizagem móvel, prevendo avanços tecnológicos nas áreas específicas relacionadas a esse tipo de aprendizagem. As demais seções discutem a aprendizagem à luz das metas de Educação para Todos (EPT), tanto agora quanto no futuro, e identifica as primeiras possibilidades para a aplicação da aprendizagem móvel, bem como as principais barreiras para seu desenvolvimento. Finalmente, o relatório apresenta os desafios a serem enfrentados nos próximos 15 anos para que as conquistas de educadores e pesquisadores em aprendizagem móvel sirvam de base para aumentar a qualidade da educação e assegurar oportunidades sustentáveis de aprendizagem para todos.

Título original: The Future of mobile learning: implications for policy makers and planners.

Brasília: UNESCO, 2014. 64 p. ISBN: 978-85-7652-188-4.

Download gratuito:
 
FONTE: UNESCO

 

23 de jul. de 2014

CONSUMO ZERO


Jovens criam comunidade sustentável e vivem menos dependentes do dinheiro

Sabe aquele trecho da canção Vapor Barato, que diz: Eu não preciso/de muito dinheiro/graças a Deus? Parece até que Waly Salomão e Jards Macalé (compositores da música) fizeram ele sob encomenda para quatro jovens de Atenas (GRE), que criaram a comunidade sustentável Free and Real, cujo lema é "Liberdade de Recursos para Todos, Respeito, Igualdade e Aprendizado".

A comunidade existe há cerca de 3 anos, na ilha de Evia, e trata-se de uma sociedade alternativa, formada por 10 moradores em tempo integral e mais de 100 que residem no local durante alguma parte do ano. Por lá, todos se alimentam da comida produzida por eles próprios, além de morarem em cabanas comunitárias, sem energia elétrica, também construídas pelas próprias mãos.

Caso o que eles plantarem exceda o que precisam, eles trocam por outros produtos que necessitam em um vilarejo próximo – é o bom e velho escambo.

A ideia de criação da comunidade nasceu em 2008 em um fórum da internet, pois, segundo os jovens fundadores, a Grécia já estava em crise na área da educação, no sistema de saúde e meio ambiente. Mas, com o agravamento do problema econômico, que ganhou destaque em 2010, o estilo de vida alternativo tem sido mais procurado.

Muitos interessados buscam a comunidade para aprender técnicas de vida sustentáveis e saber mais sobre agricultura orgânica.

FONTE: EcoD

5 de jul. de 2014

Geração de energia a partir de fontes renováveis.

A ENERSUD fabrica e comercializa equipamentos voltados para a geração de energia a partir de fontes renováveis. É o fabricante com o maior número de sistemas eólicos de pequeno porte instalados no país.



30 de jun. de 2014

Países que fazem o bem



O Brasil é o 49º país que mais faz bem para o planeta, segundo um novo estudo que avalia a contribuição dos países para humanidade.

O Good Country Index(Índice do Bom País, em tradução livre) tenta medir qual o impacto internacional de políticas e comportamentos dos países.

Esta é a primeira edição do ranking, concebido Simon Anholt, especialista em marketing das nações e autor de vários livros sobre o assunto.

Foram avaliadas 125 nações, com quesito em sete categorias: ciência e tecnologia, cultura, paz e segurança internacional, ordem mundial, planeta e clima, prosperidade e igualdade e saúde.

O termo "bom" é aplicado para se referir a nações que mais contribuem para o bem comum do planeta e o que tiram dele. Assim, "bom" é o oposto de "egoísta" e não de "ruim", diz o estudo.

A Irlanda ocupa o primeiro lugar, sendo o mais bem avaliado no quesito prosperidade e igualdade - justamente o item em que o Brasil teve sua pior análise, ficando na 123ª posição.

O Brasil, no entanto, foi o quinto melhor avaliado no item planeta e clima.

No quesito ordem mundial, o país ficou na 37ª posição; cultura, em 49º; saúde, em 52º; ciência e tecnologia, em 75º; e paz e segurança internacional, em 83º.

Os dados utilizados dizem respeito principalmente a 2010.

Eventualmente mostrando algum viés dos critérios criados por um único pesquisador europeu, nove entre os dez primeiros colocados são países da Europa Ocidental.


Fonte: Diário da Saúde

6 de jun. de 2014

Abandonando a Escola

Logan La Plante é um menino de 13 anos que saiu da escola tradicional aos 9 anos e hoje aprende através de uma educação que ele denominou de Hackschooling.
Frequentar uma escola, ir à faculdade, ter um emprego seguro, se casar e ter filhos é o roteiro de vida que muitos pais escolhem para seus filhos, acreditando que seguindo-o serão felizes.
Segundo Sir Ken Robinson, a educação atual está mais preocupada em preparar os jovens para entrarem na faculdade e saírem bem em entrevistas de trabalho, do que realmente prepará-los para construir uma vida com realização e felicidade.
A proposta de Logan é uma nova porta que se abre como um modelo de educação, pois tem como prioridade a felicidade a saúde e a criatividade, elementos pouco priorizados na educação tradicional.

30 de mai. de 2014

A VISÃO SISTÊMICA DA EVOLUÇÃO


Em linhas gerais, a principal diferença entre a teoria clássica da evolução – a de Darwin- e a da visão sistêmica, é que na primeira, a evolução acontece através da seleção natural, em que os organismos, gradualmente, adaptam-se ao meio até atingir um ajuste que seja bom o bastante para a sobrevivência e a reprodução. Na visão sistêmica, a mudança evolutiva é fruto da tendência inerente da vida para criar novidade, que pode ou não ser acompanhada de adaptação às condições ambientais em mudança.

Diante desse contexto, os biólogos passaram a descrever o genoma como uma rede auto-organizadora capaz de produzir espontaneamente novas formas de ordem. Nas palavras de Stuart Kauffman: ” Devemos repensar a biologia evolutiva (…). Grande parte da ordem que vemos nos organismos pode ser o resultado direto não da seleção natural, mas da ordem natural sobre a qual a seleção foi privilegiada para atuar. (…) A evolução não é um mero remendo. (…) É ordem emergente honrada e afiada pela seleção”.

A teoria de Gaia de James Lovelock e Lynn Margulis, mostra o erro da teoria de Darwin de adaptação. De acordo com Lovelock, “A evolução dos organismos vivos está tão estreitamente acoplada com a evolução do seu meio ambiente que juntas, elas constituem um único processo evolutivo”. Nessa linha de análise, a evolução não pode ser limitada à adaptação de organismos ao seu meio, pois o próprio meio ambiente é modelado por uma rede de sistemas vivos capazes de adaptação e de criatividade. Nessa esteira, pode-se concluir que cada qual se adapta aos outros – eles co-evoluem. A co-evolução é, portanto, a evolução dos organismos e do meio ambiente que prossegue através da inteiração entre competição e cooperação, e entre criação e mútua adaptação.

James Lovelock, em seu último livro “A vingança de Gaia”, diz:

“Até recentemente, aceitávamos que a evolução dos organismos ocorre de acordo com a visão de Darwin, e a evolução do mundo material das rochas, ar e oceano, de acordo com a geologia dos livros didáticos. Mas a teoria de Gaia vê estas duas evoluções antes distintas como parte de uma só história da Terra, em que a vida e seu ambiente físico evoluem como um entidade única. Acho útil pensar que o que evolui são os nichos, e os organismos discutem a ocupação deles.” 
 

A orquídea é um exemplo de co-evolução e seleção sexual. Em linhas gerais, quando um grupo de orquídeas se encaminha numa orgia pansexual com outro reino de seres vivos, entra numa dinâmica de manipulação e exploração estética da seleção sexual de algumas vespas e abelhas. Vale ressaltar que os canais de estímulos sexuais se abrem para a manipulação. Isso acontece por terem sidos, ao longo dos anos, deixados de lado na evolução, porém, sem prejuízo algum na aptidão.
Convém ponderar que Charles Darwin, entretanto, deu o primeiro passo nessa história toda. Em sua obra “The Various Contrivances by Which British and Foreign Orchids Are Fertilided by Insects” de 1862, contrapôs aquela idéia que a sociedade tinha na época de que as flores haviam sido criadas através de Deus para agradar o homem. Darwin provou, contradizendo totalmente o conceito de flores da época, sendo desta maneira um estudo inovador, que as orquídeas selvagens, em especial, desenvolveram ao longo dos anos, todas essas formas para atrair insetos polinizadores. Através da co-evolução das orquídeas, portanto, resultou-se na capacidade de atrair uma grande diversidade de insetos, que como consequência, ocorreu a evolução de uma surpreendente diversidade dessas flores. Em outras palavras, Darwin demostrou que as flores serviam na verdade, para controlar a polinização feita pelos insetos e garantir a fecundação cruzada.

23 de mai. de 2014

Escola construída com garrafas PET


Angustiado com a falta de escolas de ensino básico em algumas províncias filipinas, o conterrâneo Illac Diaz resolveu dar um jeito no problema e fundou o Bottle School Project, que, como o próprio nome diz, pretende construir escolas de uma forma bem barata - e que, de quebra, ainda ajuda o meio ambiente: com garrafas PET usadas.

Para quem achou a ideia maluca, Diaz já tem a prova de que seu projeto não é nem um pouco utópico. A primeira escola da iniciativa está pronta, em San Pablo, e foi construída com milhares de garrafas PET de 1,5 e 2 litros, que foram preenchidas comadobe líquido - uma substância feita com terra crua, água e fibras naturais ou palha - para dar consistência às paredes. Segundo Diaz, além de ser mais barato do que o concreto, o adobe é cerca de três vezes mais forte do que o cimento.

21 de mai. de 2014

Brasil Já Consome Água Obtida do Mar



Dessalinização pode ser a solução para a falta de água em algumas regiões do Brasil?

Em um planeta onde água doce e limpa é cada vez mais escassa, os investimentos se voltam em direção ao mar. Cada dia cresce mais o número de usinas de dessalinização, capazes de tornar potável água marinha ou salobra. O Cidades Soluções foi a Israel para mostrar uma das usinas mais modernas da atualidade, capaz de ajudar a solucionar o problema de um dos países mais secos do mundo. E no Brasil? Será que é uma boa ideia usar o mar para levar água às torneiras daqui?

8 de mai. de 2014

Os Benefícios do Banho de Sol


Como é bom acordar e ver o sol brilhando lá fora. Aproveitar essa luz é ótimo, não só para deixar a nossa pele bronzeada, mas também para o nosso bem-estar físico e a nossa saúde.

A farmacêutica Ada Alcinea Balliana da Mota, diretora científica da Adcos, explica que o sol desperta a vitamina D que já existe no organismo, além de ser importante para a fixação do cálcio nos ossos.

Benefícios do banho de sol:

1 - A exposição moderada e criteriosa ao sol melhora o processo inflamatório de algumas doenças de pele, como psoríase e dermatite seborreica;

2 - A exposição ao sol estimula a produção de vitamina D pelo organismo, essencial para a formação e manutenção dos ossos do nosso corpo. Isso acontece porque ela age facilitando a absorção do cálcio;

3 - Mantém as pessoas acordadas e dispostas. Isso acontece porque os raios ultravioletas reduzem os níveis do hormônio do sono, chamado melatonina;

4 - Estimulam o bom humor, evitando depressão e suicídios. O sol ajuda na liberação de serotonina, substância que nos da uma sensação de bem-estar; e

5 - Os raios solares melhoram a circulação sanguínea, ajudando na eliminação de substâncias nocivas ao organismo. O sol também fortalece o sistema imunológico do organismo. Ele estimula a produção de glóbulos brancos, conhecidos por serem nossas células de defesa.

Atenção!

A disposição trazida pelos dias ensolarados deve ser acompanhada de moderação na hora da exposição ao sol. Quase todos se esquecem de que, num país tropical como o nosso, a quantidade de radiação é suficiente para provocar danos, mesmo quando o tempo está nublado ou chuvoso. Por isso, quanto mais cedo você proteger as áreas expostas à claridade, mais fácil será evitar as rugas, manchas, envelhecimento precoce e o câncer de pele. Sendo assim, devemos tomá-lo da maneira certa, usando protetor solar, e nos horários certos, sempre antes das 10h e após 15h.

E viva o sol!

FONTE: BRAGA


O banho de sol é muito bom para a saúde. Saiba como tomar o seu banho de sol de forma saudável e usufruindo de seus benefícios.

Você deve começar suavemente, aproveitando os raios solares na parte da manhã.

Comece por expor ao sol primeiramente as pernas, depois as coxas, depois o tronco até a cintura e, finalmente, o corpo todo (com exceção da cabeça).

Para pessoas fracas ou desacostumadas ao sol, é aconselhável permanecer no sol, nas primeiras vezes, somente 5 a 10 minutos de cada lado. Pessoas bem acostumadas ao banho de sol podem tomá-lo por uma hora ou mais, evitando naturalmente as horas do meio dia.

É importante que a cabeça e a nuca estejam sempre protegidas, para evitar insolação, e que se refresque o corpo, após o banho de sol, com fricção ou chuveiro frio.

Vale lembrar que o sol nas grandes altitudes e na praia é muito mais potente do que nas planícies e nas imediações das grandes cidades. Nesses casos é maior o perigo de queimaduras e de insolação, se não tomarmos as precauções devidas.

O banho de sol é ainda mais benéfico se, em vez de ficar deitada, a pessoa fizer exercícios e correr descalça.

Saiba agora os benefícios do banho de sol:
  • Aumento da hemoglobina, dos glóbulos vermelhos e brancos;
  • Alívio de dores nevrálgicas, reumáticas, dores do baixo ventre e dos ossos;
  • Ativação de todos os órgãos internos, e atuação benéfica sobre o estado psíquico, através do sistema nervoso central;
  • Formação de agentes curativos no corpo, muito aproveitados na cura da tuberculose, do raquitismo, e da anemia;
  • Indicação especial em todas as doenças da pele, como eczemas, psoríase, úlceras, e também em casos de reumatismo, gota e artritismo;
  • Fator poderoso na recuperação de pessoas débeis e esgotadas, e na depressão nervosa.
O sol é poderoso! Boa saúde pra todo mundo!

FONTE: FERREIRA

12 de abr. de 2014

Papel feito com cocô


Derrubar árvores para fazer papel não está com nada! Já ouviu falar na PooPooPaper? Trata-se de uma fábrica artesanal que usa o cocô de animais herbívoros, alimentados à base de pasto, como matéria-prima para a produção de papel.

Tem quem ache a ideia maluca ou nojenta, mas o fato é que funciona – e os fundadores da PooPooPaper estão ganhando muito dinheiro com ela! Afinal, esses bichos oferecem, de graça, todos os dias, um bocado de cocô lotado de fibras vegetais: a matéria-prima do papel. E não é exagero dizer que é de graça: a quantidade de esterco produzida pelos animais é tanta que chega a ser um problema para os zoológicos, que ficam felizes da vida em doar o cocô ao PooPooPaper.

Com matéria-prima grátis, a fábrica produz papel a um custo muito baixo e lucra ainda mais na hora das vendas – que, claro, estão bombando: afinal, o produto chama a atenção! Parte do lucro ainda é destinado para a preservação dos animais que “trabalham” para a PooPooPaper: elefantes, vacas, cavalos e pandas. 


No site da iniciativa*, os fabricantes explicam o passo a passo da transformação do cocô em papel e garantem que o produto final não tem nenhum cheiro. Lá os brasileiros também podem comprar os produtos da PooPooPaper – entre eles: bloquinhos, marcadores, agendas e, até, álbuns de fotos –, que já são comercializados em lojas de sete países da Europa e da América do Norte. Que tal trocar o papel feito de árvore por um fabricado com cocô?

Privada produz eletricidade e fertilizantes


Batizada de No-Mix Vacuum Toilet, a nova privada desenvolvida por cientistas da Universidade Tecnológica de Nanyang (NTU), em Cingapura, promete reaproveitar tudo o que “jogamos fora” quando vamos ao banheiro. O número 1 se transforma em fertilizante, enquanto o número 2 é utilizado para produzir eletricidade.

Como? O vaso sanitário possui duas câmaras que separam os dejetos líquidos dos sólidos. Após a descarga, o xixi é encaminhado para uma instalação de processamento capaz de separar o nitrogênio, fósforo e potássio presentes na urina humana para utilizá-los na produção de fertilizantes. Já o cocô segue para um biorreator para liberação de biogás, que contém metano – substância que pode substituir o gás natural utilizado nos fogões ou, ainda, ser convertida em eletricidade.

E as promessas do No-Mix Vacuum Toilet não param por aí: a privada tem potencial para reduzir em até 90% os gastos com água, em relação aos atuais vasos sanitários. Isso porque ela possui uma tecnologia de vácuo de sucção – a mesma usada em banheiros de aviões – que utiliza entre 0,2 e 1 litro de água por descarga, enquanto uma privada convencional consome entre 4 e 6 litros.

O projeto do No-Mix Vacuum Toilet levou cerca de um ano e meio para ser desenvolvido pelos cientistas da NTU que, agora, planejam testar o produto em dois banheiros da própria universidade. Se a privada realmente funcionar, a expectativa é de que seja lançada no mercado em cerca de três anos. Você aprova o uso do No-Mix Vacuum Toilet em banheiros públicos mundo afora?

5 de abr. de 2014

A questão da água


Estudiosos preveem que em breve a água será causa principal de conflitos entre nações. Há sinais dessa tensão em áreas do planeta como Oriente Médio e África. Mas também os brasileiros, que sempre se consideraram dotados de fontes inesgotáveis, vêem algumas de suas cidades sofrerem falta de água. A distribuição desigual é causa maior de problemas. Entre os países, o Brasil é privilegiado com 12% da água doce superficial no mundo.

Outro foco de dificuldades é a distância entre fontes e centros consumidores. É o caso da Califórnia (EUA), que depende para abastecimento até de neve derretida no distante Colorado. E também é o caso da cidade de São Paulo, que, embora nascida na confluência de vários rios, viu a poluição tornar imprestáveis para consumo as fontes próximas e tem de captar água de bacias distantes, alterando cursos de rios e a distribuição natural da água na região. Na última década, a quantidade de água distribuída aos brasileiros cresceu 30%, mas quase dobrou a proporção de água sem tratamento (de 3,9% para 7,2%) e o desperdício ainda assusta: 45% de toda a água ofertada pelos sistemas públicos.

Disponibilidade e distribuição

Embora o Brasil seja o primeiro país em disponibilidade hídrica em rios do mundo, a poluição e o uso inadequado comprometem esse recurso em várias regiões do País.
O Brasil concentra em torno de 12% da água doce do mundo disponível em rios e abriga o maior rio em extensão e volume do Planeta, o Amazonas. Além disso, mais de 90% do território brasileiro recebe chuvas abundantes durante o ano e as condições climáticas e geológicas propiciam a formação de uma extensa e densa rede de rios, com exceção do Semi-Árido, onde os rios são pobres e temporários. Essa água, no entanto, é distribuída de forma irregular, apesar da abundância em termos gerais. A Amazônia, onde estão as mais baixas concentrações populacionais, possui 78% da água superficial. Enquanto isso, no Sudeste, essa relação se inverte: a maior concentração populacional do País tem disponível 6% do total da água.
Mesmo na área de incidência do Semi-Árido (10% do território brasileiro; quase metade dos estados do Nordeste), não existe uma região homogênea. Há diversos pontos onde a água é permanente, indicando que existem opções para solucionar problemas socioambientais atribuídos à seca.

Qualidade comprometida

A água limpa está cada vez mais rara na Zona Costeira e a água de beber cada vez mais cara. Essa situação resulta da forma como a água disponível vem sendo usada: com desperdício - que chega entre 50% e 70% nas cidades -, e sem muitos cuidados com a qualidade. Assim, parte da água no Brasil já perdeu a característica de recurso natural renovável (principalmente nas áreas densamente povoadas), em razão de processos de urbanização, industrialização e produção agrícola, que são incentivados, mas pouco estruturados em termos de preservação ambiental e da água.
Nas cidades, os problemas de abastecimento estão diretamente relacionados ao crescimento da demanda, ao desperdício e à urbanização descontrolada – que atinge regiões de mananciais. Na zona rural, os recursos hídricos também são explorados de forma irregular, além de parte da vegetação protetora da bacia (mata ciliar) ser destruída para a realização de atividades como agricultura e pecuária. Não raramente, os agrotóxicos e dejetos utilizados nessas atividades também acabam por poluir a água. A baixa eficiência das empresas de abastecimento se associa ao quadro de poluição: as perdas na rede de distribuição por roubos e vazamentos atingem entre 40% e 60%, além de 64% das empresas não coletarem o esgoto gerado. O saneamento básico não é implementado de forma adequada, já que 90% dos esgotos domésticos e 70% dos afluentes industriais são jogados sem tratamento nos rios, açudes e águas litorâneas, o que tem gerado um nível de degradação nunca imaginado.

Alternativas

A água disponível no território brasileiro é suficiente para as necessidades do País, apesar da degradação. Seria necessário, então, mais consciência por parte da população no uso da água e, por parte do governo, um maior cuidado com a questão do saneamento e abastecimento. Por exemplo, 90% das atividades modernas poderiam ser realizadas com água de reuso. Além de diminuir a pressão sobre a demanda, o custo dessa água é pelo menos 50% menor do que o preço da água fornecida pelas companhias de saneamento, porque não precisa passar por tratamento. Apesar de não ser própria para consumo humano, poderia ser usada, entre outras atividades, nas indústrias, na lavagem de áreas públicas e nas descargas sanitárias de condomínios. Além disso, as novas construções – casas, prédios, complexos industriais – poderiam incorporar sistemas de aproveitamento da água da chuva, para os usos gerais que não o consumo humano.
Após a Rio-92, especialistas observaram que as diretrizes e propostas para a preservação da água não avançaram muito e redigiram a Carta das águas doces no Brasil. Entre os tópicos abordados, ressaltam a importância de reverter o quadro de poluição, planejar o uso de forma sustentável com base na Agenda 21 e investir na capacitação técnica em recursos hídricos, saneamento e meio ambiente, além de viabilizar tecnologias apropriadas para as particularidades de cada região.

A água no mundo

A quantidade de água doce no mundo estocada em rios e lagos, pronta para o consumo, é suficiente para atender de 6 a 7 vezes o mínimo anual que cada habitante do Planeta precisa. Apesar de parecer abundante, esse recurso é escasso: representa apenas 0,3% do total de água no Planeta. O restante dos 2,5% de água doce está nos lençóis freáticos e aquíferos, nas calotas polares, geleiras, neve permanente e outros reservatórios, como pântanos, por exemplo.
Se em termos globais a água doce é suficiente para todos, sua distribuição é irregular no território. Os fluxos estão concentrados nas regiões intertropicais, que possuem 50% do escoamento das águas. Nas zonas temperadas, estão 48%, e nas zonas áridas e semi-áridas, apenas 2%. Além disso, as demandas de uso também são diferentes, sendo maiores nos países desenvolvidos.

O cenário de escassez se deve não apenas à irregularidade na distribuição da água e ao aumento das demandas - o que muitas vezes pode gerar conflitos de uso – mas também ao fato de que, nos últimos 50 anos, a degradação da qualidade da água aumentou em níveis alarmantes. Atualmente, grandes centros urbanos, industriais e áreas de desenvolvimento agrícola com grande uso de adubos químicos e agrotóxicos já enfrentam a falta de qualidade da água, o que pode gerar graves problemas de saúde pública.

27 de mar. de 2014

ALIMENTOS TERMOGÊNICOS

Alimentos termogênicos são aqueles que aceleram o metabolismo e aumentam a temperatura corporal. Esses alimentos ajudam no emagrecimento, pois o corpo queima calorias ao voltar para a sua temperatura normal.
Existe uma grande variedade de alimentos termogênicos, os principais são:
  •  Gengibre: O gengibre pode ser utilizado como tempero na preparação de carnes e pratos quentes, na forma de chá ou batido com frutas. Esse alimento acelera em 20% o metabolismo, e segundo os nutricionistas 2 lascas de gengibre por dia são suficientes para uma dieta saudável.
  •  Pimenta Vermelha: Esse tipo de pimenta melhoram a circulação, a digestão e aumentam a temperatura corporal. Esse alimento pode ser utilizado como tempero de pratos quentes e em saladas.
  •  Vinagre de maçã: O vinagre de maçã aumenta a temperatura corporal, e deve ser ingerida uma colher de chá 2 vezes ao dia.
  •  Alimentos Ricos em ômega 3: Esse alimentos aumentam o metabolismo basal, queimam calorias e eliminam o excesso de líquido no corpo. Ômega 3 está presente em peixes como a sardinha e o salmão, e em sementes de linhaça.
  •  Chá verde: O chá verde acelera o funcionamento do metabolismo e possui inúmeras propriedades terapêuticas.
Outros alimentos termogênicos são a couve, mostarda, laranja, café, brócolis, acelga, bacalhau e peru.




O vinho, e outras bebidas são a maior enganação quanto ao aumento de temperatura. Na verdade, as bebidas com álcool poderão retirar a sensação de frio, mas não aumentará sequer 1 grau da temperatura central (interna) do corpo, muito pelo contrário, ele ocasiona o resfriamento.
Vamos entender o porquê disso: Naturalmente nosso corpo possui mecanismos naturais de Vasoconstrição e Vasodilatação (um é o contrário do outro). Entre outras coisas, ambos ajudam na termoregulação do corpo. O primeiro, provoca a contração dos vasos sanguíneos fazendo com que o calor corporal seja conservado. A vasodilatação dilata os vasos e favorece a perda de calor para fora do corpo. Estes mecanismos são naturais, porém várias substâncias e medicamentos, podem ter efeitos dilatadores ou constritores no nosso organismo.

O vinho (e toda bebida alcoólica) age como um vasodilatador, ou seja, aumenta do diâmetro dos vasos sanguíneos, fazendo o sangue fluir pelas artérias mais facilmente, provocando perda de calor e num primeiro momento causando o aquecimento da periferia do corpo, o que acelera a perda de calor e a hipotermia dos órgãos. Esse calor que está sendo perdido provoca uma falsa sensação de aquecimento.
Uma curiosidade: 
Se em um dia frio, uma pessoa que ingeriu bebida cair no mar, por exemplo, ela tem menos chance de sobreviver, pois, ela perderá o calor muito mais rápido e seus órgãos logo entrarão em estado de hipotermia. Ao contrário do que se pensa, pessoas embriagados não devem tomar banho frio!

Outra curiosidade:


Água gelada ajuda a emagrecer, sim! O líquido joga no time dos alimentos termogênicos, que aceleram o metabolismo. E a explicação é simples: para igualar a água à temperatura do corpo (cerca de 36°), o organismo precisa fazer mais esforço e assim, gasta mais energia.

“Um copo de água gelada faz o organismo gastar cerca de 10 calorias para fazer o líquido ficar com a mesma temperatura corporal”, explica o nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia). E os benefícios da água não param por aí. Ela hidrata o corpo,mantém o bom funcionamento de todos os órgãos, faz bem para a pele, para os cabelos e previne a celulite
Calcula-se que 8 copos de água por dia conseguem eliminar cerca de 100 calorias. Essa quantia equivale a dois litros de água, ou seja, o mínimo recomendado para hidratar o corpo em dias quentes e, principalmente, frios. É nos dias mais gelados que o corpo costuma ressentir a desidratação, já que perde menos água e a sede diminui.
Preste atenção nos sinais do seu corpo. Há vezes em que aquela sensação de fome pode ser sede. A dica é beber água sempre que sentir um vazio no estômago e antes de ingerir calorias desnecessárias. Outra dica: beber água, de preferência gelada, meia hora antes das principais refeições. Um estudo comprova que o líquido libera um hormônio relacionado à saciedade, ou seja, menos compulsão na hora de comer e até dois quilos eliminados em um mês. O fato de estar gelada pode potencializar o resultado!

Apesar dos inúmeros benefícios, a água gelada não é suficiente para atingir a meta de peso ideal. Invista em atividades físicas, uma alimentação balanceada e turbine os resultados com o consumo diário de dois litros de água ou uma quantidade perfeita para o seu corpo. Para calcular, basta multiplicar 30 ml pelo seu peso (30 mililitros x 73 quilos,  por exemplo = 2,2 litros de água por dia).

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