Estudo sugere que tempero indiano pode ajudar contra obesidade e diabetes
O turmérico ou cúrcuma, tipo de açafrão utilizado no curry, poderia ajudar a prevenir o diabetes tipo 2 e reduzir os efeitos da obesidade, segundo resultados de um estudo com ratos, realizado pela Columbia University Medical Center, nos Estados Unidos.
De acordo com os autores, a erva encontrada no prato de origem indiana tem uma longa história de uso na redução de inflamação, no tratamento de feridas e para aliviar dores. E, como a inflamação cumpre um papel importante em diversas doenças, incluindo obesidade e diabetes, os especialistas resolveram investigar os efeitos de seu uso em ratos diabéticos.
No estudo, baseados nos níveis de glicose no sangue dos animais e em testes de tolerância à insulina e à glicose, os pesquisadores descobriram que os ratos tratados com curcumina (pigmento natural do turmérico) eram menos suscetíveis a desenvolver diabetes tipo 2. Além disso, entre os ratos obesos, aqueles alimentados com o turmérico apresentaram muito menos inflamação no tecido de gordura e no fígado.
Os autores acreditam que a curcumina, composto que possui propriedades antiinflamatórias e antioxidantes, reduz a resistência à insulina e previne diabetes tipo 2 nesses ratos amenizando a resposta inflamatória provocada pela obesidade.
Além disso, o consumo do composto foi associado a uma pequena, mas significativa, redução no peso e na gordura corporal mesmo entre os animais que tinham alto consumo de calorias.
"É muito cedo para dizer se o aumento do consumo da curcumina pela dieta (através do turmérico) em pessoas obesas com diabetes apresentará benefícios similares", disseram os autores. Mas eles destacam que, apesar da mesma dose do tratamento dos ratos ser impraticável pelos humanos, menores quantidades poderiam complementar as terapias tradicionais.
Mais pesquisas são necessárias antes de qualquer recomendação. Por isso, os pesquisadores estão interessados em descobrir novas formas de administrar o componente para melhorar a absorção pelo paciente, e em identificar os processos antiinflamatórios provocados pela curcumina, para desenvolver análogos mais potentes.
Fonte: EurekAlert. 20 de junho de 2008.
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